O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou que o ex-diretor de Logística (Delog) do Ministério da Saúde, Roberto Dias, mentiu várias vezes durante seu depoimento à CPI do Genocídio, nesta quarta-feira (7). “É mais um que vem para tentar enganar a CPI”, disse o parlamentar.
Carvalho desmentiu Dias em inúmeras oportunidades, a começar pela declaração de que ele se manteve no cargo no ministério por sua competência. “O senhor foi nomeado com o aval do Ricardo Barros”, afirmou, se referindo ao deputado do PP-PR, líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara.
O petista afirmou, também, que Dias já mantinha contato com representantes da Davati antes do jantar do dia 25 de fevereiro, em um restaurante de Brasília, onde, supostamente, houve o pedido de propina por parte do ex-diretor do Delog para Luiz Paulo Dominghetti.
“O senhor já mantinha conversações desde o dia 10 de fevereiro”. Isso prova que o encontro no restaurante não foi um acaso, mas, sim, programado”, constatou, para contradizer o que havia informado à comissão o ex-diretor do Delog.
Pressão política
Outra “mentira” apontada por Carvalho é que Dias não teria negociado compra de vacinas contra a Covid-19. “O Delog é subordinado à Secretaria Executiva do Ministério da Saúde. Portanto, o senhor mente, porque a Secretaria Executiva abrange o departamento o qual o senhor trabalhava”.
Por fim, o petista afirmou que Dias se manteve no cargo, mesmo depois do pedido de exoneração feito pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por pressões políticas, ao contrário do que disse o depoente nesta terça.