O presidente da CPI do Genocídio, senador Omar Aziz (PSD-AM), solicitou, nesta terça-feira (6), à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que Wilson Witzel (PSC), sua esposa e seus três filhos sejam incluídos, com urgência, no programa de proteção a testemunhas.
O pedido foi feito pelos advogados de defesa do ex-governador do Rio de Janeiro, como condição para que ele prestasse depoimento sigiloso à comissão, de acordo com informações de Teo Cury, na CNN Brasil.
“É de clareza solar a situação de risco a que se submetem o depoente [Witzel] e a sua família, a qual demanda o enfrentamento por meio do seu ingresso, na forma regulamentar, no programa de proteção à testemunha”, escreveu Aziz.
O presidente da CPI, destacou, ainda que Witzel “não só é testemunha das mais relevantes desta comissão parlamentar de inquérito, mas também se qualifica como vítima, diante das revelações colacionadas em seu depoimento e das demais que virão a ser realizadas a partir de uma reunião secreta”.
A avaliação de Aziz é que Witzel se encontra em situação de “expressivo risco à sua integridade física e à integridade física de seus familiares”.
“Em especial, porquanto os referenciados fatos envolvem agentes dotados de relevante poderio político e econômico, bem como podem trazer à baila irregularidades concernentes a desvios de finalidade e à captura política de instituições de Estado”, acrescentou Aziz.
Escolta e segurança
O presidente da comissão solicitou, ainda, que o ex-governador do Rio e sua família tenham direito, como prevê a lei, à escolta e segurança nos deslocamentos, segurança na residência, ajuda financeira mensal para prover as despesas necessárias, apoio e assistência social, médica e psicológica e custeio integral de assessoramento jurídico.
A defesa de Witzel alegou que os fatos que ele tem a revelar “são gravíssimos e envolvem muitas pessoas e autoridades, o que coloca em risco a integridade física do peticionante [Witzel] e de seus familiares”.