O Bharat Biotech, laboratório indiano responsável pela Covaxin, se envolveu em novos problemas. Desta vez, a empresa descumpriu o contrato formalizado com o Paraguai e não entregou 2 milhões de doses de vacinas adquiridas em 23 de abril. As informações foram obtidas pela CNN Brasil.
O acordo entre o laboratório e o governo paraguaio foi intermediado pela Madison, empresa sediada em Singapura vinculada ao Bharat e que, também, receberia o pagamento pelos imunizantes comprados pelo Brasil.
“O Paraguai fechou um acordo de compra com o laboratório Bharat Biotech de 2.000.000 de doses de vacina Covaxin contra a Covid-19, e é importante mencionar que, até a data de hoje, as doses referentes ao acordo não foram entregues”, destaca um trecho do documento assinado por Guilhermo Sequera, diretor-geral da Vigilância Sanitária do Paraguai.
Conforme informou o Ministério de Saúde do Paraguai, as doses da Covaxin não foram entregues, em consequência do grave cenário da pandemia na Índia.
Além disso, as exportações foram suspensas por tempo indeterminado para que os imunizantes fossem usados na população indiana. Antes da assinatura do contrato, 300 mil doses da Covaxin foram doadas e entregues ao Paraguai pelo Bharat Biotech.
No Brasil
No dia 25 de fevereiro, o Brasil assinou contrato com os indianos, que previa a aquisição de 4 milhões de doses da Covaxin. A primeira remessa deveria chegar em 17 de março.
O contrato é investigado pela CPI do Genocídio e foi suspenso no dia 29 de junho. Marcelo Queiroga, ministro da Saúde de Jair Bolsonaro, alegou que o acordo não era mais oportuno. O país não recebeu nenhuma dose e o preço oferecido pela farmacêutica ao Brasil e ao Paraguai foi de US$ 15 a unidade.