Tropa de choque de Bolsonaro mostra desespero e tumultua CPI; veja vídeos

Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro, e Marcos Rogério (DEM-RO) irritaram os senadores presentes na sessão da comissão

O bolsonarista Marcos Rogério - Foto: Reprodução
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A tropa de choque do governo de Jair Bolsonaro demonstrou descontrole e desespero durante sessão da CPI do Genocídio, nesta sexta-feira (25), com o depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda.

Desde o início, os senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro, e Marcos Rogério (DEM-RO) mostraram que estavam dispostos a tumultuar. Ambos, principalmente Coelho, aos gritos, tentavam interromper o relator, Renan Calheiros (MDB-AL).

“O Fernando Bezerra que está aqui hoje não é o Fernando Bezerra que eu conheço, está muito nervoso”, declarou Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.

Em relação ao fato de Luis Ricardo ter sido pressionado por superiores e pelo diretor da Precisa Medicamentos para apressar a aquisição da Covaxin, fato atípico em negociações do governo, e em horários anormais (à noite e no final de semana), Marcos Rogério perguntou: “Agora trabalhar até mais tarde é problema?”.

A pergunta provocou uma reação bem-humorada da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA): “Tá mais perdido do que cego em tiroteio”.

https://twitter.com/jairmearrependi/status/1408538310000189446

“Motivação”

A pior confusão ocorreu quando Marcos Rogério acusou Luis Miranda de ter uma “motivação” pessoal para denunciar o governo Bolsonaro.

A insinuação irritou os senadores presentes na CPI, que perguntaram insistentemente qual seria a motivação. “Qual é a motivação dele?”, indagou o presidente da comissão, Omar Aziz PSD-AM).

https://twitter.com/eixopolitico/status/1408538451499229191

Depois do bate-boca, a sessão foi interrompida por dez minutos.