CPI quer convocar servidor que teria alertado sobre propina na compra da Covaxin

Luis Ricardo Miranda disse que um colega do Ministério da Saúde, chamado Rodrigo, alertou que “um rapaz” estaria cobrando propina no processo de aquisição da vacina

Luis Ricardo - Foto: Reprodução
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Após depoimento do servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, nesta sexta-feira (25), a CPI do Genocídio pretende convocar o servidor citado, de nome Rodrigo (ele não mencionou o sobrenome), que teria relatado cobrança de propina em negociação de compra da Covaxin.

O deputado Luis Miranda (DEM-DF), irmão de Luis Ricardo, apresentou um print de troca de mensagens por aplicativo com entre ambos.

Em uma dessas conversas, o servidor avisou que um colega do Ministério da Saúde, chamado Rodrigo, citou “um rapaz” que estaria cobrando propina na venda de vacina.

“O ministério estava sem vacina e um colega de trabalho, Rodrigo, servidor, me disse que tinha um rapaz que vendia vacina e que esse rapaz disse que estavam cobrando propina”, afirmou.

Luís Ricardo relatou, ainda, a pressão que sofria de seus superiores para dar andamento ao processo de importação da Covaxin. Ele citou os nomes de Alex Marinho, Alberto Ferreira Dias e Coronel Pires.

O servidor se disse preocupado com fatos referentes à aquisição da vacina, como a antecipação de 100% do pagamento da vacina; o repasse para uma offshore, a Madison Biotech, que não constava do contrato; além, é claro, dos custos da importação.

Acesso a dados

O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), criticou a postura do Ministério da Saúde que há 25 dias nega acesso a dados a processos administrativos relacionados à compra de vacinas. Segundo Calheiros, o ministro Marcelo Queiroga “está incorrendo em prática delituosa, criando obstáculos a documentos do ministério depois de requerimento aprovado pela CPI”.

Ele pediu que a CPI tome medidas cabíveis contra o ministro, que, inclusive, já é investigado na comissão. Segundo Renan, o prazo para investigação da comissão é de 90 dias e há 25 o ministério nega informações ou dá informações contraditórias.