Janssen cancela envio de 3 milhões de doses de vacina que chegariam amanhã ao Brasil

À Fórum, assessoria da Janssen afirma que segue dialogando com o governo Bolsonaro para "disponibilizar a vacina no país o quanto antes". Doses prometidas ao Brasil venceriam no dia 27 de junho.

Marcelo Queiroga (Foto: Walterson Rosa/MS)
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Dois dias depois que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou que a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA, em inglês) teria aprovado o envio de 3 milhões de doses da vacina da Janssen, a farmacêutica da Johnson & Johnson cancelou o envio do lote ao Brasil.

À Fórum, a assessoria da Janssen confirmou o cancelamento, mas diz que segue em contato com o ministério para "disponibilizar a vacina no país o quanto antes", sem citar uma data.

"Seguimos dialogando com o Ministério da Saúde e outras autoridades locais com o objetivo de disponibilizar a vacina no país o quanto antes. Compartilharemos novas informações assim que houver atualizações. A companhia está comprometida em oferecer acesso global igualitário à sua vacina contra a COVID-19 em um modelo sem fins lucrativos para uso emergencial durante a pandemia. Como parte deste compromisso, reconhece a importância de assegurar que as pessoas no Brasil tenham acesso ágil à sua vacina", disse, em nota, a Janssen.

A vacina da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, é aplicada em dose única e assegura 85% de eficácia nos casos mais severos da doença.

As vacinas prometidas ao Brasil teriam validade até 27 de junho, mas o governo tentava prorrogar o vencimento para o dia 8 de agosto, para dar tempo de distribuir o imunizante.

“Assim temos mais agilidade em entregar essas doses à população brasileira”, disse Queiroga no sábado (12), ressaltando que houve um desconto de 25% no valor dos imunizantes e que o pagamento acontecerá apenas pelas doses, de fato, aplicadas.

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