Em protesto pela vacina contra Covid-19, quase duas mil prostitutas de Belo Horizonte (MG) paralisaram suas atividades nesta semana. As profissionais do sexo querem ser incluídas no grupo prioritário do plano de imunização.
"Nossa profissão é de risco. Muitas estão afastadas com medo”, disse a presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira, em entrevista ao G1.
“Muitas de nós estão sem ajuda e nenhum benefício. A sociedade hipócrita precisa dos nossos serviços, mas nos repele. Muito preconceito e estigma. O que aumentou com a pandemia”, continuou. “Muitos filhos de trabalhadoras sexuais estão necessitando de leite, fraudas, cestas básicas, itens de higiene. Muito triste”, completou Cida.
Com as restrições da onda roxa, que entrou em vigor no dia 17 de março, os hotéis da zona boêmia de Belo Horizonte foram fechados, deixando mais de três mil mulheres cis e trans sem trabalho. A onda roxa é a mais restritiva do plano de contenção do vírus no estado.