O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, realizou uma coletiva de imprensa na noite desta quinta-feira (29) ao receber as primeiras doses da vacina da farmacêutica Pfizer. Ao lado do ministro, marcou presença Zé Gotinha, mascote do Plano Nacional de Imunização (PNI).
“É uma logística específica para essa vacina por conta da cadeia de frio. Mas o Sistema Único de Saúde do Brasil está preparado para distribuir a vacina da Pfizer e todas as outras que forem aprovadas pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, disse o ministério da Saúde nas redes sociais.
Durante a cerimônia, Queiroga destacou que, conforme a Constituição, "saúde é um direito de todos e um dever do Estado". "Esse direito se materializa através de uma ampla campanha de vacinação", afirmou.
Apesar da exaltação do ministro pelo recebimento do primeiro lote de 100 milhões de doses, essa chegada acontece com cinco meses de atraso. O presidente Jair Bolsonaro se recusou a fechar acordo por 70 milhões de doses com a empresa em 2020. Foi contra a Pfizer que o mandatário deu a estapafúrdia declaração de que alguém poderia “virar um jacaré” com a medicação.
Em agosto de 2020, o laboratório fez três propostas ao governo brasileiro. Na primeira delas, o lote inicial seria entregue em dezembro de 2020, sendo 3 milhões até fevereiro. Com a resistência do governo, a Pfizer chegou a prometer entregar 1,5 milhão de unidades do imunizante em dezembro de 2020. Mas nem assim conquistou o presidente.
Zé Gotinha
Chama a atenção também a presença de Zé Gotinha no evento. Quando o ex-ministro Eduardo Pazuello recebeu as primeiras doses da Oxford/AstraZeneca, o personagem não estava presente. Após discurso do ex-presidente Lula cobrando a volta do mascote, a presença dele tem sido multiplicada pelo novo ministro da Saúde