O Ministério da Saúde negocia com a Pfizer mais 100 milhões de dosses da vacina desenvolvida pela farmacêutica com a BioNTech. O imunizante foi negligenciado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro em 2020, o que atrasou a vacinação. As primeiras doses chegam no fim de abril.
Segundo informações dos jornalistas Kenzô Machida e Renata Agostini, da CNN Brasil, a negociação já dura 20 dias e tem como objetivo aumentar a quantidade do imunizante com o objetivo de abastecer os estoques do Sistema Único de Saúde (SUS) pensando em uma vacinação anual. Essa remessa chegaria entre outubro e dezembro.
O contrato atual com a farmacêutica prevê o fornecimento de 100 milhões de doses, sendo 18,5 milhões até junho. O primeiro lote, de 1 milhão de doses, chega no fim do mês.
O presidente Jair Bolsonaro se recusou a fechar acordo por 70 milhões de doses com a empresa em 2020. Foi contra a Pfizer que o mandatário deu a estapafúrdia declaração de que alguém poderia “virar um jacaré” com a medicação.
Em agosto de 2020, o laboratório fez três propostas ao governo brasileiro. Na primeira delas, o lote inicial seria entregue em dezembro de 2020, sendo 3 milhões até fevereiro. Com a resistência do governo, a Pfizer chegou a prometer entregar 1,5 milhões de unidades do imunizante em dezembro de 2020.