Pelo menos 11 pessoas morreram à espera de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Taboão da Serra, na Grande São Paulo desde a última sexta-feira (5). Outras 16 estariam vaga em hospitais da região. A informação foi confirmada pela secretaria municipal de saúde à rádio BandNews.
Essa é a primeira vez, desde o início da pandemia, que uma cidade da região metropolitana da capital paulista registra mortes de pessoas à espera de leitos de UTI.
A Prefeitura de Taboão informou que começou a solicitar a transferência de pacientes para outras cidades no dia 3 de março, mas ainda não foi atendida. A administração municipal diz que vai criar, até o final de semana, mais leitos, totalizando 70 exclusivos para Covid-19 para tentar zerar a fila.
A ocupação de leitos na Grande São Paulo está em 81,2%.
O total de pacientes internados bateu recordes todos os dias desde 27 de fevereiro: naquela data, o estado tinha 15,5 mil pacientes em leitos de internação, valor que já constituía um recorde. Nesta segunda, são 19,6 mil, o que representa 4,1 mil pessoas a mais em 10 dias.
Nesta segunda, o estado também contabilizou 291 mortes causadas pela Covid.