O Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG anunciou nesta sexta-feira (26) que desenvolveu um um teste rápido e de baixo custo que consegue detectar as variantes do novo coronavírus mais presentes no Brasil e no mundo.
Os pesquisadores afirmam que o teste, baseado na metodologia do PCR, é mais barato que o método tradicional e detecta as mutações brasileiras (P1, mais conhecida como a variante de Manaus, e P2), a B.1.1.7 (inglesa) e a B.1.351 (africana).
Segundo a UFMG, o novo teste custa em média R$70 e mostra resultados em apenas seis horas. O método atual para detectar de variantes do Sars-Cov-2, o sequenciamento genético convencional, custa entre R$500 a R$600 e leva até seis semanas.
"Quando realiza o sequenciamento convencional, você faz uma projeção, pois ele é feito apenas com centenas de amostras. Com o novo teste, que consegue varrer um número muito maior de amostras, é possível visualizar a frequência das variantes de forma mais fidedigna e condizente com a realidade. Além disso, qualquer laboratório que já realiza o PCR é capaz de fazer esse teste de diagnóstico das variantes, diferentemente do sequenciamento, que exige máquinas caras e disponíveis em poucos ambientes", explicou o pesquisador Renato Santana, um dos líderes do estudo, ao lado do professor Renan Pedra de Souza.
Santana destacou a importância de saber quais variantes estão circulando "por que algumas estão associadas à maior taxa de transmissibilidade da covid-19".
Com informações da UFMG