Um grupo de mães e pais de alunos de escolas da elite de São Paulo, do movimento denominado "Escolas Abertas", foi protestar na noite desta terça-feira (2) na porta do prédio onde mora o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn. O infectologista disse que cogita a suspensão das aulas presenciais no estado diante do avanço da pandemia do novo coronavírus.
“Isso é um tema que estamos discutindo. Se estamos entendendo que as pessoas estão ameaçadas frente ao vírus, frente a um colapso, temos de avaliar a circulação das pessoas em situações que poderiam ser evitadas e uma delas é a escola”, disse o secretário estadual de Saúde à CBN.
No protesto, o grupo carregava faixas dizendo que o fechamento de escolas seria um crime contra a infância e batia panelas na frente do prédio do secretário. Uma pessoa comandava o ato com gritos em um carro de som.
"Tem que prestar atenção na saúde mental de 9 milhões de crianças que estão morrendo. Fora da secretaria, o senhor não representa a nossa saúde", disse a mulher que comandou o ato.
A "líder" do ato ainda disse que poderia ser favorável a um fechamento das escolas caso houvesse um lockdown.
Esse mesmo grupo atacou uma comissão de professores da rede pública que participou de uma reunião com técnicos da secretaria municipal de Saúde sobre a volta das aulas presenciais, em janeiro.
A professora Nelice Pompeu, que é contra a reabertura das escolas e esteve no encontro, contou ao jornalista Ivan Longo, na Fórum, que o objetivo do ato “Escolas Abertas” na ocasião foi hostilizar o grupo que é contrário ao retorno das aulas, tanto é que o panelaço terminou assim que a comissão de professores subiu para a reunião com os técnicos da secretaria.
Confira aqui o vídeo do ato