Não há evidências de que mercado de Wuhan foi epicentro da pandemia, diz OMS

A comissão comandada pela OMS para pesquisar a origem do Sars-Cov-2 está desde 14 de janeiro na cidade

Mercado em Wuhan, na China, onde teria se originado o coronavírus (Reprodução)
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A comissão comandada pela OMS (Oganização Mundial da Saúde) para pesquisar a origem do Sars-Cov-2, que está desde 14 de janeiro em Wuhan, na China, afirmou nesta terça-feira (9), que não há informação suficiente para estabelecer que o epicentro da pandemia de Covid-19 tenha sido o mercado de frutos do mar da cidade, local do primeiro grupo conhecido de infecções.

Após ficar duas semanas de quarentena na cidade, e equipe visitou o mercado de Huanan, entre outros locais, e reuniu-se com especialistas do Instituto de Virologia de Wuhan, que pesquisa o novo coronavírus.

O especialista em segurança alimentar e doenças animais da OMS e presidente da equipe de investigação, Ben Embarek, afirmou que os resultados trouxeram mais detalhes sobre a origem da pandemia, mas "não mudaram substancialmente as hipóteses originais".

Ele disse que foram investigadas quatro hipóteses para a origem da pandemia, entre elas a de que o vírus tivesse "vazado" de um laboratório, mas a conclusão foi que isso é "extremamente improvável".

Outras três possibilidades, que ainda exigem mais pesquisa, são a de transmissão direta de uma espécie animal silvestre para um humano; a introdução do vírus em uma espécie intermediária, mais próxima dos humanos, no qual o patógeno circulou antes de ser transmitido aos homens e a presença do patógeno em alimentos, principalmente congelados.

O líder da comissão disse também que embora pesquisas apontem para um reservatório natural em morcegos, é improvável que eles tenham sido fonte primordial de contágio em Wuhan. Segundo ele, foram feitas ainda pesquisas em várias espécies animais e não foi constatada contaminação relevante que permitisse especificar um hospedeiro original.

Com informações da Folha