Um estudo feito em conjunto pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa e os institutos Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet) aponta que a cada 4 pacientes de Covid-19 que foram intubados, 1 morre em decorrência das sequelas deixadas pela doença nos 6 primeiros meses após a alta hospitalar.
Os resultados preliminares do estudo, batizado de Coalizão, foram divulgados em matéria publicada pela Folha de S. Paulo neste sábado (20).
A pesquisa contou com a participação de 1.006 pacientes internados nas instituições envolvidas, que acompanharam a recuperação dessas pessoas após a alta hospitalar.
"Trabalho em UTI, estou envolvido com vários estudos e fiquei muito surpreso com esses resultados. Mesmo nos casos mais leves, a doença não tem uma evolução tão benigna quanto pensávamos", disse Alexandre Biasi, diretor de pesquisa do HCor (Hospital do Coração).
O levantamento aponta ainda que o número daqueles que precisaram ser internados novamente após alta é mais alto entre os que foram intubados: 40%, enquanto o índice daqueles que precisaram ser internados novamente mas não foram intubados na primeira internação é de 17%.
Os hospitais, no entanto, chamam a atenção para o fato de que é a gravidade da doença que tem deixado sequelas mortais nos pacientes, e não o procedimento de intubação em si, já que muitos pacientes que são intubados acabam morrendo ainda no hospital.
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