Técnica de enfermagem investigada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e pela Polícia Civil por ter aplicado uma seringa sem vacina em um idoso de 90 anos na cidade de Niterói alegou "cansaço" para explicar a situação.
Segundo informações da jornalista Lívia Neder, de O Globo, a funcionária foi afastada de suas funções e alegou que não aplicou a vacina por cansaço.
O filho do idoso cobrou as autoridades em uma rede social. "Realmente é triste ver um projeto tão bacana ser atingido com tamanha desumanidade por uma técnica que deveria apenas trabalhar corretamente. Não vamos comprometer esse projeto nem a equipe toda por causa de uma pessoa. Temos que auxiliar os bons profissionais e vigiar sim. Cabe agora ficarmos mais atentos para que tudo aconteça corretamente e que a justiça seja feita para que outras pessoas não sejam lesadas", disse.
"Se as investigações confirmarem que houve desvio de dose, ou qualquer outra irregularidade, o profissional de saúde poderá ser autuado pelo crime de peculato, que tem penas que podem chegar até a 12 anos de reclusão", afirmou a Secretaria de Polícia Civil. Além do caso de Niterói, uma situação similar ocorrida em Petrópolis está sendo averiguada.
PL prevê cadeia para quem praticar “vacinação fake”
Na esteira desses casos de “vacinação fake”, o deputado Ricardo Silva (PSB-SP) protocolou na Câmara, na quinta-feira (11), um projeto de lei que torna crime a conduta de simular a aplicação de vacina.
Trata-se do PL nº. 374/2021, que propõe acrescentar ao artigo 267-A do Código Penal um trecho que criminaliza o ato de simular a aplicação do conteúdo da seringa, no sentido de “induzir ou manter alguém em erro, mediante artifício, ardil, dissimulação, engodo, ilusão ou qualquer outro meio fraudulento”.