Conass rejeita obrigatoriedade de receita para vacinação de crianças

Apesar de considerar uma boa medida, o infectologista Marcos Caseiro afirmou que, mesmo assim, atitude do governo atrasa compra de imunizantes

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou, nesta sexta-feira (24), carta de Natal, assinada pelo presidente da entidade, Carlos Lula, em que rejeita a obrigatoriedade de receita médica para a vacinação de crianças contra a Covid-19.

Na carta, o grupo afirma que crianças “não precisam ter medo de agulhas”, pois a imunização contra o coronavírus é segura e eficaz. “Eu sei que ninguém gosta de agulhas, mas vocês não precisam ter medo! Os cientistas do mundo inteiro apontam a segurança e eficácia da vacina para crianças! Ela inclusive já começou a ser aplicada em meninos e meninas de vários países do mundo”, pontuou o conselho.

O Conass afirmou ainda: “há quem ache natural”, em referência ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que declarou, nesta quinta-feira (23), que “os óbitos de crianças estão dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais”.

Caseiro lamenta atraso

Apesar de considerar uma boa medida do Conass, o médico infectologista Marcos Caseiro lembrou no programa Fórum Onze e Meia, nesta sexta-feira, que há uma lógica dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Quem compra a vacina é o governo federal. Então, de alguma maneira, nós estamos na mão do governo, que tem que fazer o empenho pra comprar as vacinas”, alertou. “Não adianta o Conass liberar. A gente precisa ter a vacina e o governo está protelando. Vai chegar um momento em que vão dizer: ‘tudo bem, vamos comprar’. Até comprar, empenhar e tal, elas vão chegar só em fevereiro ou março. É disso que se trata”, lamentou.

Com informações do Metrópoles