A Pfizer anunciou na manhã desta terça-feira (14), que o seu antiviral paxlovid reduz em até 89% o risco de mortes por Covid-19 em pacientes de alto risco e em até 70% o risco de internações em pacientes de risco padrão.
O anúncio foi feito após a sua concorrente, a Merck, ter sido forçada a diminuir a taxa de eficácia de seu medicamento, o antiviral molnupiravir, em novembro, de 50% para 30%, o que torna o paxlovid uma das terapias Covid-19 mais eficazes e procuradas do mundo.
Três dias após sintomas
De acordo com os cientistas, o paxlovid é mais eficaz três dias após o início dos sintomas de Covid, mas permanece 88% eficaz em pacientes de alto risco até cinco dias após a infecção.
A farmacêutica confirmou também que a droga funcionou em estudos de laboratório contra a variante Omicron, enquanto a cepa continua a se espalhar pelo mundo.
O presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, disse em nota estar confiante de que “se autorizado ou aprovado, este potencial tratamento pode ser uma ferramenta crítica para ajudar a conter a pandemia”.
A chefe do programa da Pfizer, Annaliesa Anderson, disse à Reuters que foi percebida uma alta eficácia “cinco dias após o início do tratamento”. De acordo com ela, “as pessoas podem esperar alguns dias antes de fazer um teste ou algo assim, e isso significa que temos tempo para trata-las e realmente fornecer um benefício de uma perspectiva de saúde pública”.
A empresa não detalhou os efeitos colaterais do tratamento, mas disse que os eventos adversos aconteceram em cerca de 20% dos pacientes tratados e com placebo. Os possíveis efeitos colaterais do ritonavir incluem náusea e diarreia.
A Pfizer disse que atualmente espera produzir mais de 180.000 de caixas do medicamento até o final de 2021 e pelo menos 50 milhões até o final de 2022, dos quais 21 milhões seriam produzidos no primeiro semestre.
Vacina é o melhor remédio
Especialistas em doenças infecciosas enfatizam, no entanto, que a prevenção da COVID-19 por meio do amplo uso de vacinas continua sendo a melhor maneira de controlar a pandemia. Nos EUA, apenas 58% dos americanos estão totalmente vacinados e o acesso em muitas partes do mundo é limitado.
A Pfizer também estuda a possibilidade do medicamento ser usada por pessoas sem fatores de risco para COVID-19 grave e também para prevenir a infecção por coronavírus em pessoas expostas ao vírus.
Com informações do The Australian