Uma carga de 386 cilindros de oxigênio, que partiu do Aeroporto Internacional de Guarulhos em dois aviões Hércules, da Força Aérea Brasileira (FAB), chegaram na madrugada desta sexta-feira (15) em Manaus para reduzir o colapso na saúde do Amazonas, que registrou um crescimento de 183% nas mortes por Covid-19 nos últimos 7 dias.
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Segundo o ex-prefeito, Arthur Virgílio (PSDB), ao menos 28 pacientes morreram por falta de oxigênio no Pronto-Socorro 28 de Agosto, na capital amazonense, nesta quinta-feira (14).
Nesta quinta-feira (14), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o governo não tinha transporte para enviar os cilindros por conta.
"A ponte aérea de oxigênio está impactada porque nós não temos os cargueiros específicos da FAB pra fazer isso. Então a situação em Manaus é muito grave. Estamos manobrando pra tentar reverter o quadro", disse o ministro.
Segundo comunicado da Força Aérea Brasileira (FAB), além dos 386 cilindros de oxigênio, as aeronaves levaram 18 toneladas de oxigênio líquido para a capital amazonense.
Apreensão
Na tarde desta quinta-feira (14), policiais apreenderam um caminhão com 33 cilindros de oxigênio no bairro Alvorada, zona centro-oeste de Manaus.
Um homem de 38 anos foi preso e alegou que tem uma empresa de comercialização de cilindros de oxigênio e, temendo que a população invadisse o local, decidiu retirar o produto do local.
Dos 33 cilindros, 26 estavam cheios de oxigênio e foram distribuídos às unidades de saúde de Manaus. Para o Hospital Beneficente Português, foram destinados 11 cilindros. Seis foram para a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), seis para o SPA do São Raimundo e três para o SPA do Coroado.
O homem vai responder por “reter produtos para o fim de especulação” e ficará à disposição da Justiça.