O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, anunciou nesta quinta-feira (14) que "é muito cedo" para garantir que as doses de imunizantes compradas por países estrangeiros serão liberadas nesse momento.
Ao ser questionado sobre o lote de 2 milhões de doses que o Brasil pretende buscar no país neste fim de semana, Srivastava disse que "é muito cedo para fazer comentários específicos sobre a exportação da vacina contra covid-19 da Índia para outros países, porque nós ainda estamos na fase de produção e distribuição domésticas e avaliando nossas necessidades aqui".
A incerteza, de acordo com ele, seria em razão do fato da o processo de vacinação estar apenas no começo na Índia.
A declaração surpreende, tendo em vista que o governo brasileiro já preparou um avião - inclusive com um adesivo da campanha do Ministério da Saúde - que será enviado na noite de sexta-feira ao país asiático para buscar as doses compradas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A aeronave partiu de Guarulhos para Recife e decola para Mumbai na sexta-feira em um voo direto de 15h. Inicialmente, o voo partiria nesta quinta, mas foi atrasado por "questões de logística internacionais".
A Fiocruz comprou 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford produzidas na farmacêutica Serum, da Índia.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a entrega havia sido garantida pelo país presidido por Narendra Modi, aliado de Jair Bolsonaro.