O secretário da Educação do Espírito Santo, Vitor de Angelo, se pronunciou nesta quinta-feira (10) sobre a polêmica gerada pela publicação do “Plano de Retomada as Aulas Presenciais” para a Educação Básica, mais especificamente acerca de um trecho descrito na página 65 do código, que permite a homenagem à alunos falecidos durante a pandemia do novo coronavírus.
De acordo com as orientações dadas, “havendo óbitos de alunos ou de profissionais da escola, pode-se organizar ritos de despedida, homenagens e memoriais, formas de expressão dos sentimentos acerca da situação e em relação à pessoa que faleceu, e ainda atentar para a construção de uma rede sócio afetiva para os enlutados”.
Angelo publicou uma nota onde esclarece que o trecho amplamente divulgado nas redes sociais e jornais havia estava “descontextualizado, de forma consciente ou não”.
“Num momento tão delicado como este que estamos vivendo, não poderia deixar de vir a público esclarecer uma informação distorcida que começou a correr nas redes sociais. A imagem anexa foi divulgada por coletivos que publicamente já se posicionaram contra o retorno às aulas presenciais. O trecho em questão consta no Plano de Retorno às Aulas da Rede Estadual de Ensino disponibilizado pela Sedu para consulta pública, mas está totalmente descontextualizado, de forma consciente ou não. Aos que tiverem dúvida, convido a ler o parágrafo anterior, omitido no print anexo. Como é sabido, integrantes da comunidade escolar infelizmente já perderam suas vidas até aqui, não tendo sido possível a muitos de nós nos despedimos de nossos parentes e amigos queridos da forma como normalmente faríamos. Assim, se for este o caso, "havendo óbitos de alunos ou profissionais da escola" neste período em que estamos distantes uns dos outros, cada unidade escolar, quando do retorno, poderá, se assim desejar, estabelecer formas de tratar este luto coletivamente. Nada além disso, e algo coerente com uma parte do Plano chamada "aspectos psicossociais". Qualquer insinuação de que estamos antecipadamente naturalizando óbitos de quem quer que seja é absurda, e precisa ser rechaçada veementemente. ”, afirma.