O novo boletim divulgado pela Infogripe, na última quinta-feira (30), alerta para a possibilidade de uma segunda onda do coronavírus no Rio de Janeiro, Ceará e Maranhão. O sistema, organizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), observa a ocorrência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil.
Segundo o relatório, o pico da pandemia nos três estados foi registrado em meados de maio. Desde então, os casos de SRAG caíram continuamente. Porém, na última quinzena de julho, as ocorrências voltaram a aumentar, trazendo preocupações quanto à possibilidade de uma segunda onda de Covid-19.
O boletim contradiz o discurso do secretário estadual de Saúde do RJ, Alex Bousquet, que havia anunciado a proposta de fechar todos os hospitais de campanha até o próximo dia 12, alegando "queda confiável" nos casos.
No caso do Brasil, como um todo, o relatório registra um "platô", mas que não indica tranquilidade. Segundo o pesquisador e coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, a tendência é de aumento, e estima-se que o número de novos casos semanais pode estar acima do primeiro pico, em maio. "Não estamos numa situação tranquila", diz Gomes.