Em entrevista nesta quarta-feira (29), o presidente do Instituto Butanta, Dimas Covas, afirmou que representantes do governo russo entraram em contato com sua entidade para sondar sobre um possível interesse paulista na vacina contra a covid-19 desenvolvida por este país.
A vacina russa tem tudo para ser a primeira a ser colocada no mercado, já que o Instituto Gamaleya, responsável pelo projeto, já concluiu o projeto, e o Ministério da Saúde do país inclusive já iniciou o processo de produção, com previsão de chegada das primeiros lotes aos centros de saúde para o dia 11 de agosto.
Durante esse primeiro mês, a vacina só estará disponível para distribuição na Rússia, mas o governo assegura que serão fabricadas novas doses a partir de setembro, que poderiam ser vendidas a outros países interessados.
“Nós fomos procurados por emissários do governo russo. Porque essa vacina, ela é feita no instituto estatal russo, enfim, eles queriam saber se nós poderemos nos associarmos a ele para a produção dessa vacina”, relatou Covas.
O presidente do Instituto Butantan disse que, por enquanto, existem conversas a respeito dessa possibilidade, mas nenhuma certeza sobre as chances de a vacina russa poder chegar a São Paulo. “Num primeiro momento, nós dissemos que até podemos avaliar, porque é uma tecnologia diferente, uma tecnologia que nós não conhecemos, precisamos ter mais dados técnicos para poder fazer essa avaliação, e precisamos de dados mais concretos em relação aos estudos que já foram feitos, conhecer melhor a vacina”, explicou.
Segundo o site Sputnik News, que costuma publicar notícias de agências russas, o governo do Estado do Paraná também teria mostrado interesse em adquirir doses da vacina russa contra o coronavírus, a partir de setembro.