O bilionário estadunidense Bill Gates se pronunciou, nesta quarta-feira (5) sobre as teorias conspiratórias que o acusam de estar por trás da criação e disseminação do coronavírus, e que seus projetos para criação de uma vacina seriam um pretexto para inserir microchips em organismos humanos, como estratégia de controle global.
Em entrevista à BBC, Gates disse que existem muitas “fake news e bobagens não científicas” circulando na internet, e que “é preocupante que, em momentos como este exista tanta loucura”.
“Quando tivermos a vacina, desejaremos desenvolver imunidade em grupo para cobrir mais de 80% da população, pensando na saúde das pessoas, isso não tem não tem nada a ver (com microchips)”, assegurou o criador da Microsoft.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Yahoo News, publicada no final de maio, 44% dos eleitores republicanos e 19% dos democratas acreditavam nessa teoria da conspiração. Perguntado sobre esses números, Gates afirmou que são “um pouco preocupantes”.
“Estou um pouco surpreso que isso esteja focado em mim. Estamos apenas dando dinheiro para torná-la (a vacina) uma ferramenta. Nós só fazemos os cheques para as empresas farmacêuticas, e somos considerados um agente justo entre governos e empresas, para ajudar a escolher a melhor abordagem”, comentou.
Com relação à vacina contra o coronavírus, atualmente em desenvolvimento, o bilionário americano disse que, quando estiver pronta, deve ser enviada aos países com o sistema de saúde mais fraco.
“Se as pessoas acharem que isso é uma trama conspiratória, e que as vacinas são ruins, a ponto de haver pouca gente disposta a ser vacinada, isso fará com que a doença continue matando pessoas”, lamentou.