Na tarde deste domingo (21), houve recepção de gala no Aeroporto Internacional de Havana, em Cuba, para receber os 52 profissionais médicos que passaram os últimos dois meses e meio na Itália, mais especificamente na região da Lombardia, epicentro do surto de covid-19 naquele país.
O próprio presidente Miguel Díaz-Canel recebeu pessoalmente os médicos, que integram a Brigada Henry Reeve, em uma cerimônia que contou com uma homenagem e uma condecoração para cada um dos profissionais.
“Estejam certos do orgulho que temos todos nós, em nosso país, do trabalho que vocês fizeram. De cada criança e jovem deste país que vê esta façanha como a de verdadeiros heróis nacionais, que vocês são. Vocês e todos os seus colegas que foram a mais de 60 países do mundo lutar e salvar vidas humanos em uma das maiores pandemias da história da humanidade, e sejam bem vindos de volta a casa, com as honras que merecem”, declarou o presidente, ao recebê-los.
Já o Ministro da Saúde Pública, José Ángel Portal Miranda, fez um discurso que mesclou palavras emotivas e um pouco de brincadeira. Após um vídeo com alguns relatos de familiares dos médicos que os esperavam, fazendo com que ele mesmo e alguns dos recebidos fossem às lágrimas, terminou dizendo que, “agora, entre as tantas coisas que vocês merecem e receberão deste ministério, vamos começar com estes 15 dias de quarentena obrigatória, depois dos quais vocês poderão ver suas famílias, não se preocupem”, provocando risos no salão.
O governo cubano também anunciou que, após a quarentena, médicos da delegação que foi à Itália, e das que estão em outros países – alguns que já retornaram da China, ou que estão para fazê-lo em breve –, serão recebidos no palácio presidencial, para uma homenagem especial a todos os médicos da Brigada Henry Reeve.
Vale lembrar que, até o momento, cerca de 20 organizações não governamentais de diferentes países defendem a entrega do Prêmio Nobel da Paz de 2020 à Brigada Henry Reeve, em nome de todos médicos cubanos que estão trabalhando no enfrentamento da pandemia do coronavírus.