Macristas convocam marcha antiquarentena em Buenos Aires e reúnem cerca de 200 pessoas

A Argentina tem sido um dos países mais bem sucedidos na contenção do coronavírus, mas a oposição a Alberto Fernández parece não estar disposta a aceitar essa vitória do governo

Manifestantes argentinos antiquarentena (foto: Sandra Cartasso / Página/12)
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Os bons resultados mostrados pelo governo de Alberto Fernández na contenção da pandemia dos coronavírus não estão sendo engolidos pelo macrismo, que, pela segunda vez neste mês de maio, convocou uma marcha contra as medidas de isolamento.

Cerca de 200 pessoas atenderam ao chamado de setores de direita e ultraliberais, e se reuniram nesta segunda-feira (25) na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, em um evento que o canal local C5N chamou de “marcha dos irresponsáveis”.

Entre os presentes, a principal reivindicação foi a do “retorno da liberdade” e o fim da quarentena obrigatória adotada pelo governo nacional – e apoiada pelos governadores e prefeitos, incluindo o macrista Horacio Rodríguez Larreta, prefeito de Buenos Aires, que apareceu ao lado do presidente Fernández na última coletiva, mostrando seu respaldo às suas últimas decisões.

Entre os testemunhos observados durante a transmissão ao vivo do C5N, havia os que diziam que “a pandemia é falsa, isto é um engano criado para nos manter em casa a força”. Também houve testemunhos dizendo que “o coronavírus é uma invenção dos corruptos e dos comunistas chineses”, em um discurso ao melhor estilo Bolsonaro-Trump.

Aliás, uma das entrevistadas chegou a dizer que as medidas adotadas nos Estados Unidos e no Brasil deveriam ser exemplo para a Argentina.

A Argentina registra 12 mil pessoas infectadas pelo coronavírus, das quais 4 mil já foram curadas. Também teve 467 mortes. No Brasil, os contagiados já são mais de 375 mil e as mortes são mais de 23 mil. Os Estados Unidos, outro exemplo citado, têm 1,6 milhões de infectados e 98 mil mortes.