A Prefeitura do Rio de Janeiro, administrada pelo pastor Marcelo Crivella, teria comprado máscaras de proteção sem filtro para serem distribuídas entre os profissionais da saúde dos hospitais e centros de atenção médica municipais.
A denúncia sobre isso foi realizada nesta sexta-feira (22) por um grupo de profissionais de enfermagem de três hospitais cariocas, que acionaram o Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro. O órgão já anunciou a abertura das investigações sobre o caso.
Segundo os acusadores, o material distribuído pela Prefeitura de Crivella não protege os trabalhadores de forma suficiente. Uma enfermeira do hospital Miguel Couto, na Zona Sul, da cidade, que preferiu não se identificar, deu um depoimento ao portal UOL, explicando que “a máscara (entregada pela Prefeitura) não tem filtro. Tem só a camada do TNT e uma camada azul, não é uma máscara N-95”.
O Rio de Janeiro é o estado brasileiro com mais mortes de enfermeiros e técnicos de enfermagem por covid-19: segundo o Cofen (Conselho Federal de Enfermagem), são 37 vítimas, contabilizadas até esta sexta-feira (22). A nível nacional, são mais de 150 mortes de profissionais de saúde, além de mais de 16 mil afastamentos de trabalhadores que foram contagiados.