Em sua edição desta quinta-feira (21), o diário israelense Yedioth Ahronoth destacou a forma como o governo de Jair Bolsonaro vem transformando o Brasil no novo epicentro da pandemia do coronavírus, com uma postura anticientífica e em guerra declarada com governadores e prefeitos de todo o país.
A matéria, que ocupa quase toda a página, traz a manchete “Carnaval da morte”, e parte dizendo que o Brasil está “próximo das 18 mil mortes por covid-19 (aliás, já superou a marca, nesta quinta-feira), e se aproxima dos Estados Unidos e da Rússia entre as nações com maior número de infectados. E o pior é que o surto no país ainda não chegou ao auge”.
Em seguida, relata que “Enquanto os governadores e prefeitos trabalham de acordo com o modelo adotado em todo o mundo para isolar a população, o presidente Jair Bolsonaro menospreza as diretrizes e demonstra, sempre que pode, o quanto ele desdenha das políticas de isolamento. Não é à toa que ele continua aparecendo em público sem máscara, abraçando seus apoiadores, participando de manifestações pela abertura da economia, menospreza as diretrizes e demonstra, sempre que pode, o quanto ele desdenha das políticas de isolamento adotadas em todo o mundo. Às vezes contrariando políticas promovidas por outros setores do governo, como se fosse parte da oposição. `Como ex-atleta, se eu me infectar, não precisarei me preocupar, pois vou sentir nada, será como uma gripezinha´, ironizou”.
A página do IBI (Instituto Brasil-Israel) no facebook reproduziu a matéria e a comentou, dizendo que “o atual governo brasileiro utiliza Israel como referência, mas faz tudo diferente. E o Brasil continua produzindo manchetes na imprensa israelense sobre as disputas políticas que cercam o combate ao novo coronavírus”.