A rede Unimed iniciou na última segunda-feira (11) as operações de um "drive thru" que entrega "kits" para o tratamento caseiro de pacientes com Covid-19 na cidade de Belém (PA). Entre os medicamentos entregue está a cloroquina.
O kit é composto por Cloroquina 450mg, Azitromicina 500mg e Ivermectina 6mg. Para ter acesso aos itens, os beneficiários precisam apresentar carteira do plano, receita médica e identidade. A medida, segundo a rede, tem como objetivo esvaziar leitos.
Segundo a Unimed, a entrega da cloroquina é responsabilidade do médico que a receitou no tratamento e o paciente deve assinar um Termo de Consentimento.
Segundo o colunista Mauro Bonna, do portal DOL, uma fila imensa se formou durante a entrega dos medicamentos.
A cloroquina, pregada pelo presidente Jair Bolsonaro como a solução para o coronavírus, não tem sua real eficácia comprovada em estudos científicos e testes realizados no Amazonas já tiveram que ser interrompidos em razão da quantidade de pacientes mortos. Pesquisadores da Universidade da Virgínia reforçam a necessidade de mais investigações sobre o medicamento antes do uso generalizado.
Ministério Público
Apesar das controvérsias quanto ao uso do medicamento, a promotora Aline Tavares Moreira, do Ministério Público do Pará, determinou que a rede Unimed deve expandir os "drive-thrus" para outras unidades.
Em ofício publicada na segunda-feira, a promotora recomenda que o Hospital da Unimed de Marabá, no Sul do Pará, "adote providências visando à dispensação gratuita, através de sistema drive thru, de medicamentos utilizados no tratamento de COVID 19, dentre eles a Cloroquina 450mg/Azitromicina 500mg/Ivermectina6mg, nos moldes adotados pela Unimed Belém, por isonomia dentro do sistema Unimed, mediante a apresentação da documentação de identificação pessoal e do plano, além da receita médica".
Leia aqui a recomendação da promotora Aline Tavares Moreira sobre os "drive-thrus" de cloroquina