O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (1) que a FDA (sigla em inglês do Departamento de Administração de Alimentos e Medicamentos) autorizou o uso do antiviral remdesivir para tratar o coronavírus em casos de emergência.
O medicamento, utilizado por alguns hospitais universitários em forma experimental, mostrou resultados positivos ao ajudar pacientes com diagnóstico de covid-19 hospitalizados a se recuperarem mais rapidamente, incluindo alguns casos graves.
A aprovação da FDA permite que o antiviral seja lançado no mercado, apesar de não haver dados mais conclusivos sobre sua segurança e eficácia, já que a própria empresa que o criou, a Gilead, afirma que ainda os está realizando, e que não foram finalizados.
O epidemiologista Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, e uma espécie de Dráuzio Varela do país, deu declarações recentes nas que assegura que o remdesivir mostrou ter “um claro efeito positivo na redução do tempo de recuperação” do vírus.
“É um medicamento que pode bloquear a proliferação do vírus no corpo humano”, afirma Fauci, com base às experimentações já realizadas.
Porém, algumas revistas de medicina colocam em dúvida a efetividade do antiviral, já que, nesses experimentos, a taxa de mortalidade dos que o usaram não é muito menor: 8%, contra 11% dos que usaram outros tratamentos.
Posteriormente, o próprio Fauci reconheceu que seus elogios ao antiviral se deu em função de que “mostra que estamos no caminho de encontrar uma cura que realmente pode ser efetiva, mas ainda é preciso uma análise mais detalhada”.
O remdesivir foi desenvolvido pela Gilead em 2015 como um medicamento para curar o ebola, mas foi considerado um fracasso naquele então, já que se mostrou menos efetivo que outros remédios que mostraram melhor capacidade de cura.