O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou há pouco que declarará estado de alerta em sete regiões do país, devido ao aumento dos casos de Covid-19. Junto desta medida, também será decretada quarentena obrigatória nas mesmas regiões, e também algumas empresas e instituições deverão permanecer fechadas.
A decisão foi tomada na manhã da terça-feira (7), de acordo com o horário japonês, e surgiu após o número de contagiados alcançar os 3,5 mil, após a identificação de 367 novos casos nas últimas 24 horas. Por sua vez, o total de mortes passou de 85 a 95.
Esta é a primeira vez que um governo japonês toma uma medida como esta desde 1947. “Estamos vendo um rápido aumento de novas infeções, especialmente em áreas urbanas, como Tóquio e Osaka”, afirmou Abe, que também prometeu um pacote de ajudas de 108 bilhões de ienes para combater os efeitos econômicos da pandemia.
A decisão japonesa derruba um dos principais argumentos dos bolsonaristas contra a necessidade de um isolamento social no país para enfrentar a pandemia. O exemplo do Japão foi citado por vários defensores do governo, como Marco Feliciano, Allan dos Santos e Silas Malafaia, entre outros.
No dia 25 de março, o próprio Jair Bolsonaro publicou um vídeo em seu Twitter, onde um brasileiro que mora no Japão mostra uma praça movimentada, e ironiza a necessidade de isolamento social.