Aeronáutica expõe servidores de Colégio Militar ao coronavírus no Rio

Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica entra com representação contra decisão da aeronáutica de convocar professores do Colégio Brigadeiro Newton Braga

Colégio Brigadeiro Newton Braga, na Ilha do Governador (RJ) (Reprodução)
Colégio Brigadeiro Newton Braga, na Ilha do Governador (RJ) (Reprodução)Créditos: Divulgação
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Por Washington Luiz de Araújo*

O Colégio Brigadeiro Newton Braga (CBNB) convocou seus professores ao trabalho presencial na instituição, em meio à pandemia de Covid-19 e sem a presença dos estudantes.

A medida foi anunciada na última sexta-feira (dia 10 de abril) pela Aeronáutica, mantenedora da escola - situada na Ilha do Governador, na estrada do Galeão -, e tem causado uma reação indignada entre os servidores.

Sem a presença de estudantes e com as equipes impedidas de se reunirem para planejar ações pedagógicas, pois foram divididas em três grupos que se revezarão a cada semana, os servidores convocados ao trabalho não possuem nenhuma tarefa concreta a ser cumprida.

A escola não tem quantidade suficiente de computadores e uma péssima conexão de banda larga, o que inviabilizaria até uma interatividade com estudantes por via remota.

Em resumo, os servidores estão sendo pressionados a arriscar-se ao contágio do Covid-19 sem nenhum propósito ou benefício ao serviço público.

A iniciativa, de tão exótica, é matéria de uma representação doSindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) ao Ministério Público Federal, bem como uma ação judicial visando seu cancelamento a ser protocolada na Justiça nesta segunda-feira (13).

Diante da gravidade da situação sanitária do país, toda atenção ao nosso caso pode ajudar a Aeronáutica a rever suas determinações.

Leia o comunicado do sindicato aos servidores que explicita com detalhes o que se passa no CBNB.

*Washington Luiz de Araújo é jornalista

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