O ditador Gurbanguly Berdymukhamedov, de 62 anos, do Turcomenistão, baixou um decreto nesta terça-feira (31) proibindo a palavra "coronavírus" no país.
Segundo a Folha de S.Paulo, a proibição vale tanto para publicações oficiais quanto para a imprensa independente, que quase não existe no país, e até mesmo para indivíduos.
Com o decreto, a polícia pode prender qualquer pessoa que fale a palavra em lugar público, mesmo que seja em uma conversa informal.
O ditador comanda o país desde 2007 e já tinha banido o uso de outras palavras da imprensa oficial, incluindo "problema”.
Localizado na Ásia Central, o Turcomenistão é um ex-integrante da União Soviética e um dos países mais fechados do planeta, muitas vezes comparado à Coreia do Norte.
O país é o último colocado no ranking de liberdade de imprensa feito pela ONG Repórteres Sem Fronteiras e o penúltimo no ranking de liberdade global feito pela Freedom House, entidade com sede em Washington.
Entidades de direitos humanos já denunciaram o regime de Berdymukhamedov pelo desaparecimento de dissidentes e por fraudes eleitorais —na sua última reeleição, em 2017, ele recebeu 97,69% dos votos.