Para encontrar quem ainda defenda a realização das Olímpiadas de Tóquio ainda neste 2020 é preciso ir ao COI (Comitê Olímpico Internacional) ou ao comitê organizador da próxima edição. Em todo o resto do mundo, o adiamento é uma certeza e uma reivindicação dos comitês olímpicos de vários países, que até já iniciaram a campanha Tóquio 2021, pelo adiamento do evento, em função dos efeitos do coronavírus.
O COB (Comitê Olímpico do Brasil) foi um dos últimos a aderir à proposta de adiamento, lançada pelos comitês da Espanha e da Noruega, e que já conta com ao menos 80 outros apoiadores, incluindo grande parte dos países da Europa, da Ásia e das Américas.
Um dos poucos que ainda está do lado do COI e dos organizadores de Tóquio é o Comitê Olímpico dos Estados Unidos, que considera que ainda há tempo para discutir a necessidade de adiamento do evento.
O debate, como muitos outros a respeito do coronavírus, se dá a partir da pugna entre a defesa da integridade dos atletas, delegações e espectadores, de um lado, e os interesses comerciais dos patrocinadores, do outro.
No entanto, muitas das medidas restritivas adotadas pelos países já tornam praticamente inviável a realização dos Jogos, alguns governos estão prevendo a necessidade de quarentena durante os próximos dois ou três meses, o que significaria um possível retorno à normalidade somente em meados de junho, poucas semanas antes da cerimônia de abertura, marcada para o dia 24 de julho.
Além disso, muitos comitês já reclamam que o estado de exceção nos próximos meses compromete a preparação dos atletas. Portanto não será possível um rendimento excelente se a competição acontecer este ano.