Após voltar atrás e autorizar a contratação de médicos cubanos para atuarem na crise provocada pela pandemia do coronavírus no Brasil, Jair Bolsonaro criticou na manhã desta sexta-feira (20) a formação na área de saúde na ilha - que tem uma das medicinas mais avançadas do mundo - e afirmou que os profissionais são "objeto de venda da ditadura".
"Esses cubanos são, nada mais nada menos, um objeto de venda por parte do governo cubano. Governo, não, ditadura cubana", disse Bolsonaro.
Segundo ele, a imprensa está noticiando errado "que a gente vai convocar cubano". "Não é isso", disse Bolsonaro que, de modo confuso tentou explicar, que apenas os profissionais que ficaram no país após o rompimento com o contrato com Cuba poderão, se necessário, atuar no combate à Covid-19.
"Durante a minha campanha, eu falei que o cubano que decidisse ficar no Brasil eu daria visto. O que eu conversei com o Mandetta e tá tudo certo é que por dois anos eles vão poder exercer o que faziam aqui no governo anterior. Mais nada além disso. Revalida pra eles, se eles quiserem, né? Voluntário. Vai ter que se submeter à prova, se for aprovado, tudo bem. Não vamos convocar médicos de outros países. No momento, o que temos aqui parece que é o suficiente. Agora se o Mandetta achar que podemos abrir espaço para outros médicos, esses médicos tá qualificado (SIC)", afirmou.
Bolsonaro fez questão de dizer que não está buscando médico em Cuba e criticou a formação dos profissionais.
"Esse que estamos aceitando aqui é porque estão no Brasil. Ninguém tá buscando lá em Cuba médico nenhum não. Até porque, né, se eles fossem tão bons assim, se a formação fosse tão boa, nós teríamos médicos cubanos aqui na frente de linhas de pesquisa, de grandes hospitais. Não temos".