Para quem achava que o coronavírus, por ter surgido na China, era coisa de comunista, parece que nesta semana ele tem colecionado alvos na extrema-direita de vários lugares do mundo.
Depois do positivo do assessor comunicacional Fábio Wajngarten – que despertou o rumor de possível contágio de Jair Bolsonaro e até de Donald Trump –, foi a vez da ultradireita europeia entrar na lista, com o deputado espanhol Santiago Abascal, que lidera a bancada parlamentar do Vox, o jovem partido que reivindica a ditadura franquista.
Em mensagem pelo Twitter, Abascal disse que “ao saber do positivo de Javier Ortega (secretário-geral do partido), iniciei minha própria quarentena e pedi a um laboratório privado um teste de covid-19 (nome científico da recente mutação do coronavírus). Meu exame também deu positivo, então seguirei trabalhando em casa. Obrigado pela preocupação de todos, embora eu me encontre razoavelmente bem”.
Este martes, al conocer el positivo de Javier Ortega, me puse en cuarentena y pedí a un laboratorio privado un test de Covid-19. La prueba también ha dado positivo así que seguiré trabajando desde casa. Gracias por vuestra preocupación aunque me encuentro razonablemente bien.
— Santiago Abascal (@Santi_ABASCAL) March 12, 2020
Oficialmente, a Espanha já contabilizou pouco mais de 3 mil casos de coronavírus, com um total de 84 falecimentos. Segundo o diario El País, o governo de Pedro Sánchez anunciou nesta semana o investimento de 14 bilhões em estrutura para enfrentar a propagação do vírus. Além disso, todos os centros educacionais foram fechados e os eventos esportivos suspensos.