Vacina de Oxford tem eficácia de 70% depois de 21 dias de aplicação

Anvisa diz que laboratório AstraZeneca vai pedir autorização emergencial para uso da dose no país; Argentina já aprovou uso emergencial do produto

Vacina contra o coronavírus (foto: reprodução)
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A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca tem eficácia de 70% depois de 21 dias da aplicação de sua primeira dose, indicam dados divulgados nesta quarta-feira (30). Isso quer dizer que, a cada dez pessoas que recebem o produto, sete ficam protegidas três semanas depois. Esse índice sobe para 80% quando a segunda dose é aplicada, 12 semanas depois da primeira.

Esse produto é a principal aposta do governo Bolsonaro para a vacinação contra o novo coronavírus no país. O Ministério da Saúde já assinou a compra do imunizante e, há duas semanas, disse que previa receber 15 milhões de doses já no próximo mês.

No Brasil, a Fiocruz está coordenando os testes em voluntários e deve fabricar o produto. Nesta quarta-feira, a presidenta da fundação, Nísia Trindade, disse que entregará os documentos do medicamento para a análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o dia 15 de janeiro.

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Nesta quarta-feira também, a Anvisa divulgou que discutiu com representantes da AstraZeneca do Brasil o pedido de uso emergencial da dose no país. De acordo com a agência, essa solicitação poderá ser apresentada pela Fiocruz, que é a parceira do laboratório no Brasil para o desenvolvimento da vacina. 

Argentina aprova

Na Argentina, o uso emergencial da vacina de Oxford foi aprovado nesta quarta-feira (30) pela Anmant, órgão equivalente à Anvisa no país vizinho.

“A vacina Covid-19 da AstraZeneca recebeu autorização da [agência reguladora] Anmant”, disse a empresa em um comunicado. “A Argentina se torna um dos primeiros países do mundo a autorizá-la”, escreveu.

O produto já recebeu autorização emergencial para uso também no Reino Unido, nesta quarta-feira.

Com informações do G1