A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca tem eficácia de 70% depois de 21 dias da aplicação de sua primeira dose, indicam dados divulgados nesta quarta-feira (30). Isso quer dizer que, a cada dez pessoas que recebem o produto, sete ficam protegidas três semanas depois. Esse índice sobe para 80% quando a segunda dose é aplicada, 12 semanas depois da primeira.
Esse produto é a principal aposta do governo Bolsonaro para a vacinação contra o novo coronavírus no país. O Ministério da Saúde já assinou a compra do imunizante e, há duas semanas, disse que previa receber 15 milhões de doses já no próximo mês.
No Brasil, a Fiocruz está coordenando os testes em voluntários e deve fabricar o produto. Nesta quarta-feira, a presidenta da fundação, Nísia Trindade, disse que entregará os documentos do medicamento para a análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o dia 15 de janeiro.
Leia também
Reino Unido autoriza uso da vacina contra Covid produzida por Oxford e AstraZeneca
Anvisa recebe pedido para liberação de testes de fase 3 da vacina russa Sputnik V
Reino Unido fez lobby com Bolsonaro em nome da AstraZeneca antes das eleições de 2018
Nesta quarta-feira também, a Anvisa divulgou que discutiu com representantes da AstraZeneca do Brasil o pedido de uso emergencial da dose no país. De acordo com a agência, essa solicitação poderá ser apresentada pela Fiocruz, que é a parceira do laboratório no Brasil para o desenvolvimento da vacina.
Argentina aprova
Na Argentina, o uso emergencial da vacina de Oxford foi aprovado nesta quarta-feira (30) pela Anmant, órgão equivalente à Anvisa no país vizinho.
“A vacina Covid-19 da AstraZeneca recebeu autorização da [agência reguladora] Anmant”, disse a empresa em um comunicado. “A Argentina se torna um dos primeiros países do mundo a autorizá-la”, escreveu.
O produto já recebeu autorização emergencial para uso também no Reino Unido, nesta quarta-feira.
Com informações do G1