Nísia Trindade, presidenta da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) afirmou que vai entregar toda a documentação para registro da vacina de Oxford, desenvolvida em parceria com a AstraZeneca, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o dia 15 de janeiro.
"O nosso registro já está sendo submetido com a perspectiva de entrega final de documentos até a data de meados de janeiro, de 15 de janeiro", disse Nísia em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (30).
A vacina, que será produzida em solo brasileiro pela Fiocruz, foi aprovada pelo Reino Unido nesta quarta. O medicamento é um dos quatro testados no Brasil para imunização contra a Covid-19.
Nesta terça-feira (29), a Anvisa atendeu a pedido dos fabricantes e flexibilizou dois critérios para "facilitar o entendimento do processo de envio de documentos, bem como tornar o procedimento mais ágil”.
Vacinação
Nísia afirmou que o plano nacional de vacinação do Ministério da Saúde prevê usar o imunizante nas três primeiras fases, que atenderão 49,6 milhões de pessoas de grupos prioritários, como trabalhadores de saúde, idosos e indígenas.
“É uma vacina que também começa em um sistema público, tradicional, o sistema inglês. E aqui no Brasil é muito adequada para o SUS pela sua conservação, pelo seu custo e por ter sustentabilidade", disse ela, em referência à aprovação pelo Reino Unido.
"É um dia histórico, pois é mais um elemento de esperança diante de uma situação de grande sofrimento. Uma esperança que vem da ciência e vem de uma visão de saúde pública. Porque a vacina não é só eficaz, mas adequada para países de população do tamanho do nosso, com as suas diferenças regionais e sociais. É uma vacina adequada para o nosso Sistema Único de Saúde (SUS)", afirmou.