A economia informal que virou assunto sério

De alternativa temporária a modelo consolidado

A economia informal que virou assunto sério.Créditos: João Alves/Unsplash
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Durante muito tempo, a economia informal foi vista como uma solução improvisada para quem não conseguia uma colocação no mercado formal. Vendedores ambulantes, freelancers, prestadores de serviço autônomos e pequenos comerciantes de bairro eram considerados “fora do sistema”, muitas vezes marginalizados e pouco valorizados por políticas públicas. No entanto, essa realidade mudou — e rápido.

Hoje, a economia informal representa uma parcela significativa da movimentação financeira em muitos países, especialmente no Brasil. Com o avanço das tecnologias digitais, a flexibilização do trabalho e a instabilidade económica que atingiu diversos setores após a pandemia, milhões de brasileiros recorreram à informalidade como forma legítima de garantir rendimento, autonomia e até crescimento.

Essa transformação também passa pelo acesso à tecnologia e por soluções financeiras descentralizadas. Um exemplo curioso é o crescimento do interesse por ativos como o shiba inu, uma criptomoeda que, apesar de ter surgido como “meme coin”, tem sido usada por muitos como porta de entrada para o mercado financeiro digital, especialmente entre trabalhadores informais que buscam novas formas de poupança ou investimento.

Quem são os protagonistas dessa economia?

A economia informal no Brasil é extremamente diversa. Vai muito além do estereótipo do camelô no centro da cidade. Entre seus protagonistas estão:

  • Prestadores de serviços por aplicativo (motoristas, entregadores, cuidadores)
  • Artesãos e produtores locais
  • Pequenos comerciantes sem registro formal
  • Criadores de conteúdo e freelancers digitais
  • Microempreendedores que atuam em casa ou via redes sociais

Essas pessoas movimentam diariamente a economia real, atendendo à demanda da população com preços competitivos, atendimento personalizado e soluções rápidas. A formalização, embora desejável em muitos casos, não é a única forma de legitimidade. Com acesso à tecnologia, esses profissionais têm construído rotinas organizadas, criado estratégias de marketing digital e até aceitado pagamentos por carteiras digitais e criptoativos.

Tecnologia e autonomia financeira

Um dos grandes impulsionadores da profissionalização da economia informal é o avanço das ferramentas digitais. Hoje, com um smartphone e acesso à internet, é possível divulgar serviços, fechar vendas, emitir recibos, fazer entregas e receber pagamentos — tudo sem depender de uma loja física ou de sistemas tradicionais bancários.

Plataformas como WhatsApp Business, Instagram, marketplaces e apps de pagamento permitem que qualquer pessoa transforme uma ideia em negócio em poucos dias. E o mais interessante: sem precisar de investimentos altos ou conhecimento técnico avançado.

Além disso, o uso de criptoativos entre trabalhadores informais tem crescido como alternativa para guardar dinheiro, fugir da desvalorização do real e diversificar pequenas reservas financeiras. O uso de stablecoins, bem como moedas populares como o shiba inu, tem ganhado espaço nesse ambiente mais flexível e digital.

Os desafios ainda persistem

Apesar do avanço e da visibilidade, a economia informal ainda enfrenta obstáculos importantes que precisam ser superados para garantir condições mais justas e estáveis a quem atua nesse setor:

  • Falta de proteção social, como aposentadoria ou seguro-desemprego
  • Dificuldade de acesso a crédito e capital de giro
  • Ausência de políticas públicas específicas e estruturadas
  • Preconceito ou desvalorização por parte de empresas formais

Esses pontos dificultam o crescimento sustentável dos negócios informais e criam uma espécie de “limite invisível” para muitos empreendedores. Por isso, é essencial que governos, instituições financeiras e empresas tecnológicas desenvolvam soluções mais acessíveis, flexíveis e adequadas à realidade desse público.

Formalizar ou valorizar o que já existe?

A discussão sobre a economia informal muitas vezes gira em torno da formalização — como se esse fosse o único caminho possível para o sucesso. No entanto, é importante reconhecer que há diversas formas de empreender de maneira legítima, mesmo fora do modelo formal tradicional.

Muitas pessoas escolhem a informalidade não por falta de opção, mas por preferência: querem autonomia, flexibilidade de horários, menos burocracia e maior controle sobre seus ganhos. O que falta, muitas vezes, não é um CNPJ, mas sim ferramentas para crescer, vender mais, proteger-se e investir com segurança.

Por isso, mais do que pressionar pela formalização, é necessário criar ambientes propícios para que negócios informais prosperem com dignidade, acesso a conhecimento, crédito e reconhecimento.

O papel das criptomoedas nesse cenário

As criptomoedas vêm se tornando aliadas inesperadas da economia informal. Elas permitem realizar transações com baixo custo, enviar ou receber pagamentos internacionais, guardar valor sem depender de bancos e até usar plataformas de microfinanciamento via blockchain.

Algumas vantagens para o trabalhador informal incluem:

  • Acesso facilitado, sem necessidade de comprovação de renda ou cadastro bancário
  • Proteção contra a inflação ou desvalorização cambial
  • Possibilidade de investir em pequenas quantias
  • Rapidez nas transferências, inclusive internacionais

Para quem vive de forma autônoma e quer construir alguma forma de reserva financeira, criptos acessíveis como o shiba inu tornam-se uma porta de entrada possível, desde que acompanhadas de educação financeira básica.

Um setor que pede atenção estratégica

A economia informal deixou de ser algo marginal. Ela representa inovação, adaptação e resiliência. Milhões de brasileiros constroem o dia a dia do país através desse modelo, movendo a economia local, gerando renda e criando soluções para problemas reais.

Ignorar esse movimento é ignorar parte da força produtiva do país. Valorizar, apoiar e compreender as necessidades desse público é essencial para que o Brasil avance de forma mais justa, equilibrada e moderna.

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