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Essa história está muito mal contada. Tripulante ou passageiro em avião da FAB, e mais ainda, em avião presidencial, tem que passar sim pelo raio X, inclusive com bagagem de mão. (Quando eu estive no governo federal, como secretário, algumas vezes viajei em avião da FAB e tive que passar pelo raio X e detector de metais, algo corriqueiro, como deve acontecer com qualquer pessoa em viagem aérea; em voo presidencial o controle era ainda maior. E tem que ser assim, como procedimento padrão).
Se o militar preso não passou por esse procedimento padrão, ainda mais na comitiva presidencial do Bolsonaro, é porque houve acerto para que ele seguisse fora do protocolo. Ademais, para trabalhar na equipe presidencial todos têm que passar por avaliação na ABIN.
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O General Heleno, também conhecido como general Chilique, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, precisa ser imediatamente convocado para esclarecimentos ao Congresso e responder às seguintes questões:
1) Quem avaliou o histórico do militar/traficante, agora preso na Espanha? (Lembrando que, no Planalto, até faxineiros e garçom do cafezinho foram trocados, tão logo Bolsonaro assumiu).
2) Quais foram os procedimentos da PF e ABIN para averiguação de comportamento e padrão de vida de tripulante em frota presidencial?
3) Quem autorizou a entrada deste militar/traficante no avião presidencial?
4) por qual razão a mala dele não foi fiscalizada, conforme procedimento padrão?
Alerto que não se trata de algo banal, o que houve é de uma gravidade sem tamanho, e vai levar o Brasil a ser transformado em Estado Pária, como NarcoEstado. Cabe aos deputados da oposição procederem a convocação do ministro da GSI, que, se tivesse um pingo de vergonha na cara, já deveria ter pedido demissão do cargo.
PS - Estou escrevendo do Panamá e por aqui a repercussão tem sido enorme (confesso que me bate uma vergonha profunda ao ter que responder às indagações e alertas dos panamenhos), com todas as pessoas comparando Bolsonaro com o governo de Noriega (ex-ditador do país, agente da CIA, que transformou o Panamá, na década de 1980, em entreposto do narcotráfico). Não podemos permitir que o mesmo aconteça no Brasil!