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- Ausente na posse presidencial de Bolsonaro, Mauricio Macri, presidente da Argentina, desembarca hoje (15) à noite no Brasil para uma bilateral amanhã, quarta-feira (16), com Bolsonaro. Segundo o chanceler argentino, Jorge Faurie, um dos temas do encontro será a situação da Venezuela. Os dois presidentes devem fazer um pronunciamento conjunto sobre o tema. Brasil e Argentina são as maiores economias da América do Sul e sócios fundadores do Mercosul. Acompanham Macri em sua comitiva os ministros da fazenda, da segurança, da produção, da defesa, das relações exteriores e o secretário de assuntos estratégicos. Venezuela à parte, o que preocupa mesmo Macri é a pauta comercial com o Brasil. Em ano eleitoral, ele espera que o Brasil cresça e puxe a Argentina. No último período, as exportações argentinas para o Brasil caíram de 76 bilhões de dólares em 2013 para 58,4 bilhões em 2018. Outra pauta importante é o Mercosul, pois a Argentina tem muito a perder com um Mercosul debilitado e, cá entre nós, o Brasil também.
- Hoje, 15 de janeiro, será um dia importante para o sucesso ou não do Brexit. No dia de ontem (14), a primeira ministra Teresa May fez vários apelos no sentido de que o Brexit pode não ocorrer se o acordo construído com a UE não for aprovado hoje no parlamento. A aprovação é bastante improvável, no entanto. Tanto um Brexit duro (sem acordo) como um não Brexit pode ocorrer.
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- Aliás, a pressão para que o Reino Unido abandone o Brexit e não saia da UE ficou mais forte nas últimas semanas. Foi divulgado ontem (14) um apelo de mais de 100 eurodeputados, membros do Parlamento Europeu, para que o RU reconsidere sua saída. Dos 751 membros do Parlamento Europeu, 111 já assinaram a carta e outros poderão assinar até o dia 21 quando ela será finalizada. Na carta se pede que os britânicos reavaliem a decisão “no interesse das próximas gerações” e se apresenta o comprometimento de “trabalhar juntos para reformar e melhorar a União Europeia”.
- O presidente Bolsonaro foi motivo de piada em um discurso de Trump para produtores agropecuários dos EUA no dia de ontem (14). Comemorando que os EUA voltaram a exportar carne para o Brasil, pela primeira vez desde 2003, Trump disse sobre Bolsonaro: “Ele (Bolsonaro) está feliz (ao ser comparado com Trump). Se não estivesse, eu não gostaria do país, mas eu gosto”, arrancando risos na plateia.
- Na China, um canadense foi sentenciado à pena de morte. Schelleberg estava preso desde 2014, na província chinesa de Liaoning, sob acusação de contrabando de drogas e tráfico em organizações internacionais. Em 2016, ele foi condenado a 15 anos de prisão, mas em dezembro passado (2018) um tribunal superior decidiu julgá-lo novamente. A sentença vem no bojo de uma tensão entre China e Canadá decorrente da prisão da principal executiva financeira da gigante da tecnologia chinesa Huawei. O primeiro-ministro canadense reagiu à notícia da condenação à morte do cidadão canadense, dizendo que preocupa muito aquilo que ele considera uma arbitrariedade chinesa no caso em questão.
- O presidente colombiano, Ivan Duque, afirmou ontem (14) que algumas nações sul-americanas estão criando um bloco que substitua a Unasul (criada há 10 anos). O novo bloco se chamaria Prosul e não contaria com a participação da Venezuela.
- Na Guatemala segue a tensão decorrente da expulsão, por parte do presidente Jimmy Morales, da Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (CICIG), criada em 2007 a partir de um acordo com a ONU. Desde domingo estão ocorrendo marchas, bloqueios de estradas, manifestações em torno do Congresso, onde o presidente fez ontem (14) um pronunciamento do relatório de seu terceiro ano de mandato. A alta comissária da ONU para Direitos Humanos e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, fez nesta segunda (14) um chamado ao Governo da Guatemala para garantir a liberdade de expressão e opinião no país e o direito à assembleia e reuniões pacíficas. Ela também fez um chamado ao respeito às instituições do país como à Corte Constitucional, Tribunal Eleitoral e outras.
- 25º dia de “shutdown” nos EUA. Trump quer o dinheiro para o muro com o México. Um senador republicano, Lindsey Graham, tentou apresentar uma proposta para Trump de reabrir o governo por três semanas e tentar negociar com o Congresso. Se as negociações fracassarem então Trump partiria para a declaração de emergência nacional e conseguiria os recursos para o muro sem necessidade de aprovação do Congresso, mas Trump não aceitou a proposta.
- O Itamaraty divulgou um almoço que não aconteceu, com os embaixadores da Itália e da Bolívia no Brasil. O almoço teria ocorrido no dia de ontem (14) no Ministério da Defesa, com a presença do presidente Bolsonaro, do ministro da defesa, General Fernando Azevedo e Silva, do ministro da justiça, Sérgio Moro, e dos embaixadores, da Itália, Antonio Bernadini, e da Bolívia, José Kinn Franco. Ambos os embaixadores, no entanto, negaram ter participado do almoço, Bernadini estaria fora de Brasília e José Kinn nem ficou sabendo. Vários órgãos da imprensa nacional repercutiram a divulgação do almoço nas agendas das autoridades envolvidas.
- A Rússia e o Japão tentam por fim a uma divergência territorial que perdura desde o final da 2ª Guerra Mundial. Tecnicamente, ambos continuam em conflito, pois nunca houve um tratado pós-guerra que tenha sido assinado por suas respectivas autoridades. Reunidos ontem (14), os ministros do exterior Sergei Lavrov e Taro Kono tentaram construir um acordo em torno da territorialidade de quatro ilhas disputadas no Oceano Pacífico do Norte, as ilhas Curilas para russos e os Territórios do Norte para os japoneses. De partida, os russos disseram que as negociações prosseguirão se o Japão reconhecer as ilhas como território russo. As ilhas foram ocupadas pela então União Soviética ao final da 2ª Guerra e são administradas pela Rússia. No entanto, nunca foi assinado nenhum tratado em que o Japão reconheça a soberania territorial russa sobre as ilhas. Quem acompanha minimamente a condução de Lavrov na política externa russa sabe que não será fácil para os japoneses reverterem as ilhas para seu território.
- O jornalista norte-americano Glenn Greenwald, editor do The Intercept, denunciou em sua conta do Twitter o ataque homofóbico que sofreu nas redes sociais e que foram repercutidos por Eduardo Bolsonaro, via Twitter. Na postagem, aparece a foto de uma camiseta ilustrada com a foto de Bolsonaro-pai e uma piada claramente homofóbica, junto à menção do nome do jornalista. Na mensagem, o jornalista diz: deputado mais votado da história do Congresso brasileiro usa o pai para difundir piadas homofóbicas.
- Bolsonaro está se preparando para participar de sua primeira viagem internacional como presidente do Brasil. Embarca no domingo (20) para Davos, onde participará do Fórum Econômico de Davos. Levará com ele, Araújo, Moro, Guedes e Heleno. Presidentes que já se sabe que não estarão no encontro este ano: Macron, Macri e Trump.
- O Projeto Migrantes Desaparecidos, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), divulgou que pelo menos 30.510 pessoas morreram em imigrações irregulares no período entre 2014 e 2018. Mais de 19 mil mortes foram por afogamento. Desses, quase três mil foram nas Américas, mais de 60% na fronteira entre o México e os EUA. Os números podem ser ainda maiores pela dificuldade em se apurar esse tipo de fatalidade, dadas as circunstâncias irregulares da circulação de migrantes ilegais.
- A ativista social e política indígena argentina, Milagro Sala, líder da organização “Barrial Tupac Amaru”, foi condenada a 13 anos de prisão por associação ilícita, fraude da administração pública, desvio de fundos públicos e extorsão por um Tribunal Criminal de Jujuy. Sala denuncia que se trata de uma perseguição por parte do governador Gerardo Morales, membro do Cambiemos e aliado do presidente Macri. Todo o processo, desde sua prisão (jan/2016) até sua condenação, teve perfil arbitrário e muitas irregularidades judiciais.
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