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- Bolsonaro decidiu ontem (10) não vetar a venda da Embraer para a norte-americana Boeing, a partir de um acordo de 5,3 bilhões de dólares. Via Twitter, o presidente disse: “A União não se opõe ao andamento do processo”. A Embraer é líder no mercado em que atua, com desenvolvimento de atividades tecnológicas de ponta. Com o acordo, a empresa será dividida em duas: uma nova controlada pela Boeing, com 80% do capital para cuidar dos jatos comerciais, e uma segunda (a velha Embraer), com uma divisão de defesa e jatos executivos.
- Depois de muito vai e vem, típico do atual governo, o presidente da Apex foi mesmo demitido e há um novo ungido por Araújo e Bolsonaro. Trata-se do diplomata Mario Vilalva.
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- Em decreto publicado ontem (10), o Itamaraty foi reorganizado com a criação de uma série de novas secretarias e supressão ou rebaixamento de outras.
- Em um pronunciamento realizado ontem (10) em Genebra, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) fez um apelo ao governo brasileiro para que se engaje nos temas referentes às mudanças climáticas. O apelo veio no mesmo dia em que o decreto de restruturação do MRE tirou a temática da estrutura da chancelaria. Deixará de existir dentro do Itamaraty a Subsecretaria-Geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia. O tema também desapareceu da estrutura do Ministério do Meio Ambiente. O tema agora será tratado dentro da Secretaria de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania.
- Em editorial, o NYT fez duras críticas ao novo governo brasileiro sob o comando de Bolsonaro. O texto comenta os decretos iniciais com ataques ao meio ambiente, indígenas, LGBTs e ONGs, além do caça às bruxas ideológico dentro da estrutura estatal.
- Nicolás Maduro tomou posse ontem, 10 de janeiro, sob enorme pressão internacional. Não reconhecem o governo: a Assembleia Nacional venezuelana, a OEA, a União Europeia, países americanos membros do Grupo de Lima, com exceção do México. O Paraguai foi o único até o momento que comunicou rompimento das relações diplomáticas com o país. Entre as nações que reconheceram a posse estão Rússia, China, Turquia, Bolívia, Uruguai e África do Sul. Delegações de 94 países estiveram na posse. Espanha, Portugal e Grécia fizeram menção de comparecer, mas terminaram por fechar com o boicote do bloco europeu.
- Trump foi recebido ontem (10) com protestos na fronteira sul dos EUA. Ele escolheu Texas para fazer uma visita. Apresentou um vídeo em que mostra armas apreendidas e se refere a relatos de pessoas que teriam sido mortas por imigrantes ilegais para defender mais uma vez a construção de um muro, em concreto ou em aço, para separar os EUA do México. Hoje o país está no 20º dia de shutdown governamental.
- Trump não vai a Davos. O Fórum Econômico Mundial este ano ocorre entre 22 e 25 de janeiro, na cidade de Davos, na Suíça. Trump informou pelo Twitter que não irá e justificou a decisão à intransigência dos democratas na questão do muro na fronteira com o México.
- Os EUA começaram a retirar suas tropas da Síria. A retirada gerou tensão entre turcos e curdos em uma região controlada por tropas americanas. Diante do impasse, a diplomacia russa sugere que tal território, de maioria curda e controlado pelos americanos, seja transferido para o governo sírio.
- Em viagem ao Oriente Médio, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que os EUA só irão ajudar na reconstrução da Síria após o Irã tirar seu último soldado de solo sírio.
- Os senadores norte-americanos apresentaram uma resolução ontem no Senado em que citam especificamente os oito mil médicos cubanos que estavam trabalhando no Brasil no âmbito do Mais Médicos para qualificar os programas de envio de médicos cubanos para o exterior como tráfico de pessoas. Hoje Cuba atende mais de 60 países com seus profissionais. A resolução foi apresentada pelos senadores Bob Menendez, democrata de Nova Jersey, e Marco Rubio, republicano da Flórida.
- O Uruguai tem uma Trump Tower em processo de construção. O edifício está sendo erguido no balneário de Punta del Este, e segundo o filho de Trump, Eric Trump, que está visitando o local, o empreendimento já é o melhor edifício não só de Punta como de toda a América do Sul.
- Os próximos dias serão de tensão política no Reino Unido. Frente ao agendamento para 15 de janeiro de uma nova votação do acordo do Brexit (construído por May com o conselho europeu), há os que apostam na derrota do acordo e a instalação de novas eleições (líder trabalhista J. Corbyn), há os que defendem que a derrota promova a instalação de um novo referendo (centrais sindicais, parte dos trabalhistas), há os que querem a derrota e a consequente saída sem nenhum acordo, seria o Brexit duro (parte dos conservadores), há os que apostam na vitória (May e parte do governo, conservadores).
- A suprema corte da Guatemala bloqueou a medida do presidente Jimmy Morales de expulsar a Comissão Anticorrupção da ONU, que tem mandato no país até o dia 3 de setembro de 2019. A comissão funciona há 11 anos no país. A Guatemala terá eleições presidenciais neste ano de 2019 e a situação política interna é bastante tensa.
- Dezenas de milhares saíram ontem às ruas da Argentina em protestos contra o pacote de austeridade de Macri.
- Os coletes amarelos prometem novas manifestações para amanhã, sábado 12, em toda a França. Em resposta, o governo de Macron lançará na terça, 15, um “grande debate nacional” para ouvir diretamente a opinião dos franceses sobre diversos temas. É aguardada também uma carta de Macron a ser divulgada explicando os rumos do governo nos próximos meses.
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