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[caption id="attachment_145739" align="alignnone" width="700"] João Goulart e Tancredo Neves saudados por militares brasileiros - Foto: Arquivvo Pessoal[/caption]
Dei este título de meu artigo, em espanhol, em homenagem aqueles que, exilados em nossa América Latina, respeitávamos os direitos dos povos que nos tinham abrigado.
De acordo com o novo ministro da Educação do Brasil, o colombiano Vélez Rodriguez, que ao dirigir-se a nós brasileiros textualmente disse em entrevista veiculada pela mídia: - “31 de março de 1964: é patriótico e necessário recordar essa data”.
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Mais à frente, continua, o ministro da Educação de “meu” país, dizendo: “Nos treze anos de desgoverno lulopetista os militantes e líderes do PT e coligados tentaram, por todos os meios, desmoralizar a memória dos nossos militares e do governo por eles instaurado em 64”.
De “nossos” quem, senhor futuro ministro? Ou algum militar brasileiro combateu as FARC? Desde quando os militares brasileiros são seus, ou pertencem às forças armadas colombianas?
Ou é o uso do mero e subservientíssimo advérbio incontrolado de sua boca esquecida na Colômbia?
Somente por ser professor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Brasileiro, vossa excelência pensa ou se o dá direito de passar por cima da história de nosso país, pelos nossos mortos que tombaram no caminho da liberdade para instaurar a democracia em nossa Pátria após 21 anos de ditadura feroz, sem olhar para seu umbigo, colombiano Vélez Rodriguez?
Que fizestes pelo teu povo? Que dizem as crianças colombianas a teu respeito? Que direito te imprime colocar-te ao lado da pior mazela que foi imposta a meu país, que foi o Golpe Militar de 1964, que depôs o governo legítimo do Presidente João Goulart?
Que índole te auto-outorgas para “moralizar” e comandar a nossa Educação, desmoralizando Paulo Freire, Gramsci - citado na entrevista -, Darcy Ribeiro, Anísio Teixeira e tantos outros grandes intelectuais que sobreviverão à tua gestão fascista em meu Brasil?
É bom irmos nos acostumando, com gente subserviente que transporta suas intelectualidades a serviço desse fascismo vindouro, sabendo, cada vez mais convictos que este país é nosso, e não de traidores que querem submeter nossa soberania, inclusive a intelectual, por estrangeiros sicários da América Latina, como certos colombianos que se auto-intitulam salvadores de nossas crianças e jovens brasileiros, esquecendo sua verborreia e sua origem em países alheios ao nosso.
A história, não esqueçamos, é filha da verdade e mãe da liberdade de um povo.
O tempo faz justiça para quem luta por seu povo e enterra os tiranos sem flores nem lembranças.
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