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- Presidente eleito, Bolsonaro, fez vídeo ao vivo no Facebook e entre outras coisas disse que o Brasil adotará critério “bastante rigoroso” para imigrantes que entram no país, a partir de 2019. Confirmou que o Brasil deixará o pacto mundial da ONU para migração, aprovado na semana passada, no Marrocos. Representantes de 165 países assinaram o pacto. No pronunciamento, Bolsonaro faz uma referência à política migratória francesa e diz que “está simplesmente insuportável viver em locais da França”.
- O comentário de Bolsonaro sobre a França não ficou sem resposta. O embaixador francês nos EUA, Gérard Araud, fez um comentário sobre “vida insuportável na França” via twitter: “63.880 homicídios no Brasil em 2017, 825 na França. Sem comentários”.
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- O pacto mundial de migrações também criou confusão na Bélgica, a ponto do primeiro ministro Charles Michel renunciar ontem (19). Um dos partidos da coalizão governamental abandonou o governo por não concordar com a assinatura do pacto e forças da oposição aproveitaram para apresentar uma moção de confiança para testar o governo. Provocando a renúncia.
- O México foi o primeiro país a já tomar medidas para se adaptar ao Pacto Mundial sobre Migrações firmado no Marrocos. A política mexicana sobre migrações, segundo o chanceler Ebrard Casaubon, se guiará por quatro eixos: origem, que aborda as causas da migração; trânsito, que analisa como deve ser e como se apresenta a migração; destino, que observa os lugares para os quais se dirigem os migrantes; retorno, que trata de medidas que ajudem os migrantes a retornarem.
- A Argentina assumiu ontem (19) a presidência “pro tempore” do Mercosul. No seu discurso, Macri disse que é uma chance de o bloco ser reposicionado globalmente. Sobre o acordo com a UE, Macri disse que “estamos mais perto do que nunca”. Falou ainda sobre uma conexão do bloco com a Aliança do Pacífico, para ter “costas em dois oceanos”. No entanto, falou muito mesmo foi da Venezuela, dizendo que se trata de “uma ditadura que leva a cabo um processo eleitoral fraudulento, destruindo a democracia com bandeiras que têm feito muitos danos à nossa região”, finalizou, dizendo que é preciso libertar o país. Estiveram na reunião também Tabaré Vazquez (Uruguai), Temer pelo Brasil, Mario Benítez (Paraguai) e Evo Morales (Bolívia).
- Imprensa especula que Rússia e Venezuela estão acertando o uso de uma ilha venezuelana como base militar, apesar da negativa do governo venezuelano. Seria a ilha de La Orchila, no litoral do caribe venezuelano, a 1.500 km da Florida.
- Os EUA anunciaram ontem (19) a retirada total das forças norte-americanas na Síria. Sobre a saída, Trump disse, via twitter: “Derrotamos o Estado Islâmico na Síria, minha única razão para estarmos ali no governo Trump”. São cerca de 2 mil militares que estão na Síria desde 2014. A retirada ocorre no momento em que se fortalece a aliança entre Síria, Irã e Rússia na condução do fim da guerra da Síria e pode ser vista como uma retirada estratégica dos EUA para posteriormente alegar irregularidades, como uso de armas químicas, na condução do desfecho.
- A União Europeia avançou no programa de banimento do plástico no bloco, através de um plano de regulamentação que proíbe produtos de plásticos descartáveis, aprovada em Bruxelas no dia de ontem (19). A medida pode afetar um setor que segundo dados da própria UE hoje movimenta 340 bilhões de euros e emprega 1,5 milhão de trabalhadores. A medida impactará também na redução das emissões de dióxido de carbono em 3,4 milhões de toneladas.
- Um procurador norte-americano entrou com ação contra o Facebook pelo caso Cambridge Analytica, que provocou o uso de dados de 87 milhões de usuários da rede em 2016. É a primeira investida jurídica contra o FB no que se refere aos desdobramentos do caso Cambridge Analytica. A CA foi comandada por Steve Bannon, um dos estrategistas de redes na campanha de Trump, que usou os dados pessoais de usuários para direcionar informação aos eleitores. A judicialização do caso ocorre ao mesmo tempo em que foram revelados que empresas de tecnologia como Amazon, Microsoft e Spotify também tiveram acesso a dados privilegiados de usuários do FB.
- México e EUA anunciaram plano conjunto de ação na América Central, para “abordar as causas subjacentes da migração”. Segundo o ministro de relações exteriores do México: “estamos empenhados em promover um forte crescimento econômico regional, melhores empregos remunerados e maiores oportunidades para todos os cidadãos”. No entanto, o valor oferecido pelos EUA para o plano é bem inferior ao que poderia ser dado e coloca nas mãos do México “resolver o problema da América Central”.
- A PGR de Israel vai encaminhar denúncia contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por corrupção.
- Governo da Nicarágua solicitou a saída de duas missões da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) do país, por acusá-las de agir de forma “ingerencista e parcial” na sua avaliação da situação do país.
- Seguem as mobilizações na Hungria contra a “lei da escravidão” do primeiro ministro Viktor Orban, que aumenta de 250 para 400 as horas extras obrigatórias que empregadores poderão exigir de seus trabalhadores por ano, levando a uma jornada de trabalho de 6 dias por semana.
- Foi aprovada na ONU, com 121 votos a favor, 8 contra e 54 abstenções, uma Declaração sobre os Direitos dos Camponeses e outras pessoas que trabalham em áreas rurais. Da América Latina, Colômbia, Argentina e Brasil se abstiveram.
- Segundo um estudo divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), chamado Panorama Trabalhista 2018, um em cada cinco jovens de 15 a 24 anos na América Latina procura e não encontra trabalho. A taxa de desocupação (19,6%) de jovens é três vezes superior à da população adulta. O estudo também revela que os homens ganham 20% a mais do que as mulheres por hora trabalhada.
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