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COLUNISTAS
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Eu tenho muitas críticas aos governos do PT e nunca as escondi. Fui militante, fui filiada e me desfilei quando não conseguia mais sustentar as posições majoritárias do partido.
Não tenho nenhuma idolatria por Lula ou Haddad.
Mas, precisamos entender que esta eleição é a mais dramática da história, depois da redemocratização do país.
Infelizmente, o que está em jogo não é a oposição entre a direita e a esquerda, nem mesmo, o combate à corrupção - como se pode ver nas denúncias de Caixa 2 contra Bolsonaro.
Trata-se do direito à voz e liberdade de expressão.
Eu não tenho dúvidas - que tal como fiz com os governos do PT- estarei criticando eventuais medidas do governo Haddad.
Ele não é o governo dos meus sonhos.
A diferença é que se ele for eleito, eu poderei exercer o meu direito de crítica.
Bolsonaro apresenta uma clara plataforma de combate aos currículos nas escolas e universidades. Combate abertamente gays, lésbicas, negros e indígenas. Seus apoiadores ameaçam jornalistas.
O candidato faz declarada apologia à tortura e à violência militar.
Quem vota em Bolsonaro, ou se exime e permite que ele seja eleito, está inscrevendo seu nome como avalista do regime de supressão do direito à voz, mesmo em termos liberais.
Não, não se trata de socialismo.
Trata- se da escolha entre barbárie e civilidade.
Trata-se do legado que deixaremos para as próximas gerações.