TECNOLOGIA

O vidro mais duro do mundo é conhecido há séculos, mas ainda fascina cientistas

Em vídeo, ele consegue superar um prensa hidráulica com tranquilidade

Gota do príncipe Rupert
Gota do príncipe RupertCréditos: Av Hanna Karlsen sob licença Creative Commons
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Imagine um pedaço de vidro que aguenta marteladas sem quebrar, mas que explode com um leve toque na cauda. Parece mágica, mas é pura ciência. Estamos falando das gotas do Príncipe Rupert, um dos fenômenos mais curiosos da história dos materiais.

Essas gotas são criadas ao deixar cair vidro derretido em água fria. O choque térmico gera uma estrutura interna única: o exterior se solidifica rapidamente, criando uma carapaça extremamente resistente, enquanto o interior permanece sob enorme tensão.

O nome vem do Príncipe Rupert do Reno, que apresentou essas gotas à corte inglesa no século XVII.

Desde então, elas fascinam cientistas e entusiastas por sua incrível resistência — testes modernos mostram que a cabeça da gota pode suportar impactos de até 15 toneladas por centímetro quadrado.

Mas basta quebrar a ponta fina da cauda para liberar toda a tensão interna, fazendo com que a gota exploda instantaneamente em milhares de pedaços.

Esse comportamento extremo desafia a lógica e foi estudado por séculos antes de ser compreendido com tecnologias como câmeras de alta velocidade e simulações 3D.

Hoje, as gotas do Príncipe Rupert são mais do que uma curiosidade histórica: inspiram pesquisas em engenharia de materiais e vidros de alta resistência, com aplicações em indústrias como a aeroespacial e a de segurança.

Veja o vídeo da gota contra uma prensa hidráulica:

 

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