O Google anunciou nesta segunda-feira (27) que renomeará o Golfo do México como "Golfo da América" em seus mapas nos Estados Unidos.
A mudança ocorrerá após a atualização do Sistema de Informação de Nomes Geográficos (GNIS, na sigla em inglês), que reflete as diretrizes do governo norte-americano.
A decisão segue uma ordem executiva do presidente Donald Trump, emitido no seu primeiro dia de mandato, que rebatizou o corpo d'água como parte de uma ofensiva contra a América Latina.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), o Google explicou que segue a prática de atualizar nomes geográficos com base em "fontes governamentais oficiais".
A empresa afirmou que, assim que o GNIS for atualizado, o novo nome será implementado no Google Maps nos EUA. No entanto, fora do país, o corpo d'água continuará a ser chamado de "Golfo do México", e usuários de outras regiões verão ambos os nomes.
A mudança também afetará o Monte Denali, o pico mais alto da América do Norte, que voltará a ser chamado de "Monte McKinley" em homenagem ao 25º presidente dos EUA, William McKinley. O nome havia mudado durante a administração Obama, que havia mudado o nome do monte para homenagear os povos indígenas que habitavam o Alasca.
O Departamento do Interior dos EUA confirmou as alterações na semana passada, destacando que o Golfo do México é "um ativo integral" e uma região de importância crítica para a economia nacional.
O governo mexicano ainda não se pronunciou oficialmente sobre a mudança, mas a presidente Claudia Sheinbaum brincou no início do mês sugerindo que a América do Norte fosse renomeada como "América Mexicana", em referência a um mapa histórico da região.
O Google já aplicou convenções semelhantes em outras disputas geográficas, como no caso do Mar do Japão, que se tornou Mar do Leste e do Golfo Pérsico, que passou a se chamar Golfo Árabe.