A empresa pública brasileira de fomento Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) anunciou um projeto para investir nas chamadas deep techs.
A companhia, ligada ao ministério de Ciência e Tecnologia, tem feito um esforço e apresentou um plano para investir em um setor de problemas complexos ligados à tecnologia.
Deep techs (ou deep technologies) são empresas ou inovações que se baseiam em avanços científicos ou engenharias substanciais e complexos para resolver problemas reais e significativos.
Essas tecnologias geralmente envolvem longos períodos de pesquisa e desenvolvimento, além de um profundo conhecimento técnico, e frequentemente estão ligadas a setores como inteligência artificial, biotecnologia, medicina, computação quântica, robótica e energia limpa.
As diretrizes da "Estratégia Nacional de Apoio a Startups Deep Techs e seus ecossistemas no Brasil" foram reveladas pela Finep e foram apresentadas a possíveis empresários do setor no âmbito da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI).
Segundo a Agência Fapesp, que divulgou uma reportagem sobre o tema, o plano estabelece a "simplificação de trâmites regulatórios e jurídicos", "compras governamentais para impulsionar o mercado" e investimentos públicos, privados, filantrópicos em cima dessas empresas.
A criação do Vale do Silício e complexo industrial-militar dos EUA, referência para mercados desse tipo, ou as pesquisas chinesas sobre nanotecnologia e computação quântica também contaram com investimentos públicos em empreendimentos privados ou mistos, colocando esses países na chamada "fronteira do conhecimento".