Os mais recentes ataques do bilionário Elon Musk, dono da Tesla e do X (antigo Twitter), à Justiça e à democracia brasileira reacenderam o debate sobre a migração dos “tuiteiros” para outras plataformas alternativas. Uma delas é a rede social Bluesky, criada em 2019 pelo cofundador do Twitter (o original) Jack Dorsey, que tem atraído cada vez mais usuários e parece se estabelecer como a verdadeira concorrente do X nas plataformas on-line.
Com mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais, a Revista Fórum amplia sua presença on-line ao aderir também à plataforma Bluesky, reforçando nosso compromisso com a pluralidade de vozes e a busca por espaços saudáveis para o debate público. Siga o perfil da Fórum
Como funciona a Bluesky?
A plataforma de “céu azul” (a tradução literal do nome) emergiu como uma concorrente potencial para o X, especialmente no contexto das mudanças controversas implementadas por Elon Musk desde a aquisição do Twitter, e é visual e funcionalmente muito semelhante à rede do finado “passarinho azul”.
Você pode postar mensagens curtas de texto (até 300 caracteres), imagens e links, repostar conteúdo de outros perfis, seguir e ser seguido por outros usuários.
Como grande diferencial, a Bluesky se propõe como uma rede social descentralizada e focada na liberdade de expressão e na interoperabilidade. Isso significa que, em vez de ser controlada por uma única empresa, como o X, a Bluesky é composta por uma rede de servidores independentes, o que garante maior segurança e autonomia aos usuários.
Além disso, a plataforma se baseia em um protocolo aberto que permite a interconexão com outras redes sociais, possibilitando a comunicação entre usuários de diferentes plataformas.
Tudo isso a posiciona como uma alternativa atraente para aqueles usuários insatisfeitos com as plataformas existentes.
Para criar uma conta, basta acessar a página da rede social e clique em "Criar Conta", seguindo as instruções na tela até receber o código de confirmação de cadastro no seu celular.
Diferenças entre Bluesky e X:
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Descentralização: A Bluesky é descentralizada, enquanto o X é controlado por uma única empresa.
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Interoperabilidade: A Bluesky permite a interconexão com outras redes sociais, enquanto o X, não.
- Algoritmos: A Bluesky oferece maior controle sobre os algoritmos que determinam o que os usuários veem, enquanto o X utiliza algoritmos opacos.
- Moderação de conteúdo: A Bluesky propõe um modelo de moderação de conteúdo mais transparente e participativo, enquanto o X é frequentemente criticado por sua falta de clareza e por decisões arbitrárias.
Bluesky será a sucessora do X?
A plataforma da borboletinha azul tem crescido rapidamente desde que encerrou o período de adesão apenas por convite e abriu as inscrições para o público geral.
Atualmente, a Bluesky conta com mais de 5,3 milhões de usuários em todo o mundo, tendo adquirido mais de 850 mil no primeiro dia após a abertura ao público, em fevereiro deste ano.
Com relação à sua presença no Brasil, os dados específicos de usuários são mais escassos. No entanto, é possível inferir que, dado o seu rápido crescimento e ampla adoção em países onde o inglês é predominante, há potencial para expansão significativa em mercados internacionais, incluindo o brasileiro.
A demografia dos visitantes do site de Bluesky sugere uma base de usuários jovem, com o grupo etário mais representado sendo de 18 a 24 anos, seguido por usuários de 25 a 34 anos. Os visitantes são majoritariamente do sexo masculino (70,71%).
Bluesky foi lançada com o objetivo de promover a escolha algorítmica, permitindo aos usuários mais controle sobre o que veem, e já introduziu recursos como Feeds Personalizados.
A iniciativa começou por Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter, visando criar uma plataforma aberta e descentralizada. Desde então, Bluesky tem avançado na implementação do Protocolo AT, uma tecnologia que permite aos usuários mover seus dados e identidade entre hosts sem perda de conteúdo ou seguidores, reforçando sua proposta de valor de ser uma rede social mais aberta e interoperável.
Embora Bluesky tenha mostrado um crescimento impressionante e características únicas que poderiam torná-la uma alternativa viável ao X/Twitter, ainda é incerto se ela ultrapassará ou não a rede adquirida por Elon Musk em termos de base de usuários ou influência.
Fatores como adoção por celebridades e meios de comunicação, juntamente com a expansão de suas funcionalidades e a base de usuários, serão cruciais para determinar seu sucesso a longo prazo