REDES SOCIAIS

Elon Musk fecha dados do Twitter e dá mais um passo para a rede flopar

A restrição acontece três dias após o Threads, rede criada pelo concorrente Meta, de Mark Zuckerberg, atingir 100 milhões de usuários menos de uma semana após o lançamento.

Elon Musk, o dono do Twitter.Créditos: Reprodução
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Menos de um ano após pagar cerca de 44 bilhões de dólares pelo Twitter, Elon Musk, um dos homens mais ricos do mundo, deu mais um passo nesta quinta-feira (13) para transformar a rede em um brinquedo próprio e fazer a interação entre os usuários flopar. 

Após privilegiar os perfis de usuários pagos, limitando a interação entre os demais frequentadores da rede, o Twitter fechou o acesso gratuito à API - Application Program Interface (Interface de Programação de Aplicações, em tradução livre) - de sua plataforma, medida que afeta diretamente desenvolvedores, pesquisadores e estudantes.

"A API pública do Twitter é uma interface de programação de aplicativos que permite que desenvolvedores de software acessem e interajam com os dados e funcionalidades disponíveis na plataforma do Twitter. Por meio dessa API, os desenvolvedores podem criar aplicativos e serviços que podem ler e escrever tuites, obter informações de usuários, pesquisar por temas e tendências, e realizar uma variedade de outras ações relacionadas ao Twitter", explica Edgard Piccino, analista de dados do DataFórum, plataforma de monitoramento de redes da Revista Fórum.

Segundo ele, a plataforma agora só disponibiliza uma versão da API que é muito restrita e tem preços impraticáveis.

"Agora só ficará disponível uma versão da API Pro, mas com uma limitação muito grande para capturar dados em volume suficiente para permitir análises de Big Data", emenda Piccino.

Com a medida, o uso dos dados da rede por aplicativos e softwares fica ainda mais restrito. O fechamento dos dados também pode resultar em prejuízos para a plataforma, já que agora fica mais difícil projetar uma campanha na rede.

A restrição acontece três dias após o Threads, rede criada pelo concorrente Meta, de Mark Zuckerberg, atingir 100 milhões de usuários menos de uma semana após ter sido lançada.