Levantamento DataFórum desta segunda-feira (27) mostras que a internet e, em especial o Twitter, não fala de outra coisa desde a noite deste domingo (27): a Bolsonaro Store.
Com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como garoto propaganda do novo empreendimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Brasil tomou conhecimento da Bolsonaro Store que, como indica o nome, pretende vender produtos relacionados ao ex-mandatário.
Para brindar a estreia da Bolsonaro Store, Eduardo Bolsonaro anuncia em vídeo com estética duvidosa um calendário que traz "os feitos" de seu pai à frente do Palácio do Planalto.
Não demorou muito e a Bolsonaro Store virou piada e fez do ex-presidente Jair Bolsonaro chacota nacional.
Além da viralização da Bolsonaro Store, cabe destacar que a extrema direita retomou a dianteira na disputa por narrativas no Twitter a partir da campanha de uma CPMI sobre o ataque golpista realizado em janeiro.
Como já detectado em outros levantamentos DataFórum, parlamentares da extrema direita estão em campo para conseguir apoio para viabilizar uma CPMI que vise investigar o governo Lula. Para eles, o governo federal está por trás dos ataques realizados por bolsonaristas contra os prédios dos Três Poderes da República.
A comunidade da extrema direita obteve 46% das menções no Twitter. Os progressistas, somados a comunidade pop, tiveram obtiveram 39% das citações.
Foram analisados 193.971 tweets a partir das tags lulaoficial, @lulaoficial, jairbolsonaro, @jairbolsonaro, lula, bolsonaro, @ptbrasil, ptbrasil, @plnacional_, plnacional_.
Extrema direita
Neste grupo novamente o STF foi atacado como sendo aliado de Lula e o ter favorecido nas eleições e, uma vez mais, houve menção a nomeações de esposas de ministros para cargos vitalícios em tribunais de contas.
Felipe Neto foi hostilizado pela sua participação no GT de Combate ao Discurso de Ódio, com resgate de vídeos antigos, e Lula foi atacado por restabelecer relações diplomáticas com a Venezuela, com a afirmação que isso é um sinal de apoio ao sistema.
Romário foi pressionado por influenciadores a assinar o pedido de CPMI para investigar por que o PT é culpado pelo vandalismo bolsonarista e também foi anunciado que a CPMI já tem o número suficiente de assinaturas.
Progressistas
Entre progressistas, o plano para assassinar Lula foi o assunto mais relevante, seguido pela fala de Fábio Wajngarten contra a implantação de moradias populares nas proximidades de bairros ricos de São Sebastião.
Eduardo Bolsonaro foi motivo de chacota por causa da loja Bolsonaro Store, que vende calendários sobre o governo Bolsonaro.
O uso de trabalho escravo em Bento Gonçalves foi associado ao alto índice de votação em Bolsonaro (76%) na cidade.
A apreensão de pássaros silvestres na casa de Anderson Torres também foi um assunto relevante na comunidade.
Cultura pop
Bolsonaro foi criticado por gastar dinheiro público em sua estadia nos EUA e a TV Record por ter ocultado “Bolsonaro” no boné do assassino de Sinop.
Bolsonaro foi associado de maneira negativa à participantes do BBB que não são bem-vistos pela audiência.
Também foi destaque na comunidade o plano para assassinar Lula na posse. Diversos tweets repetiram uma “trend” de associar Lula a algum artista pop em um número de aperto de mãos, traçando um caminho de pessoas que se conhecem e ligariam as duas pessoas.
Direita Liberal
Na direita liberal foi citado o recorde de desmatamento já no governo Lula e a mídia foi acusada de ocultar a informação.
Tarcísio Freitas foi elogiado pela sua atuação na tragédia no litoral norte de SP e ministros de Lula foram alvo de reprovações, por terem nomeado suas esposas para cargos vitalícios.
A venda de calendários do Bolsonaro também motivou piadas neste grupo.